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Angola reafirma compromisso com iniciativas que elevem juventude e desporto na CPLP

O ministro da Juventude e dos Desportos disse, esta Quinta-feira, em Cascais que o país "reafirma o seu compromisso" em promover iniciativas que elevem a juventude e o desporto na CPLP.

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Na sessão de abertura da reunião de Ministros da Juventude e Desporto da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), que decorre entre esta Quinta e Sexta-feira em Cascais (Portugal), Rui Falcão Pinto de Andrade, que é também o presidente da XV Conferência de Ministros da Juventude e Desporto da CPLP afirmou que "Angola reafirma o seu compromisso em promover iniciativas que elevem a juventude e o desporto" naquela comunidade.

E manifestou a vontade de que, juntos, os Estados-membros possam fazer "replicar em toda a CPLP" as iniciativas que o seu país está a tomar para promover a prática do desporto nas escolas e na comunidade.

"Estamos a implementar [em Angola] políticas que incentivam a prática desportiva nas escolas e nas comunidades, reconhecendo o papel dos formadores do desporto, na promoção da educação, da saúde e da integração social", disse o ministro. E "acreditamos que juntos poderemos replicar esta iniciativa em toda a CPLP", acrescentou.

Para Rui Pinto de Andrade, a reunião de ministros da Juventude e Desporto da CPLP é "um momento de grande reflexão e tomada de posições importantes" para o futuro dos jovens e do desporto na comunidade.

"Este encontro, em particular, tem-se mostrado essencial para reforçar a nossa capacidade de resposta conjunta aos desafios globais, como a inclusão social, a saúde mental dos jovens e a sustentabilidade", salientou.

E actividades âncora, "como os jogos desportivos da CPLP, a Bienal de Jovens Criadores da CPLP", ou o Parlamento Juvenil são marcos que promovem "a integração e o intercâmbio cultural para os jovens" dos Estados-membros, acrescentou.

"São mais do que competições ou exposições, são celebrações da nossa identidade partilhada" e a juventude é a "força motriz do desenvolvimento". Por isso, defendeu, é preciso "garantir que (...) tenha as ferramentas necessárias" para agir.

Já o secretário executivo da CPLP defendeu que "as organizações lideradas por jovens estão a precisar de serem "encorajadas e capacitadas para participar na tradução da Agenda 2030 e do Pacto para o Futuro em políticas locais, nacionais e regionais".

Zacarias da Costa lembrou que, quando "dotados das competências e oportunidades necessárias para atingirem o seu potencial, os jovens podem ser uma força motriz para apoiar o desenvolvimento e contribuir para a paz e a segurança", a nível mundial.

Para isso, deve haver "um compromisso político e recursos adequados", sugeriu.

O secretário executivo da CPLP defendeu na sua intervenção "um compromisso intergeracional, com a identificação clara de oportunidades e a co-criação de soluções mais justas, equitativas e progressivas na sociedade, das três dimensões do desenvolvimento sustentável".

Uma das principais formas de o conseguir "é através do fomento da literacia e da aquisição de competências pelos jovens, nomeadamente por via da promoção do pensamento crítico, cada vez mais necessário para navegar no complexo cenário da chamada inteligência artificial", considerou.

Recordando que o tema da actual presidência rotativa da organização é a "Juventude e Sustentabilidade na CPLP", o secretário executivo da CPLP destacou que todas as análises identificam os jovens, as mulheres e os idosos, "entre os grupos mais desfavorecidos nas sociedades".

"O que é dramático, quando sabemos que, no espaço da CPLP e, de acordo com a base estatística do Banco Mundial, a população entre os 0 e os 24 anos ascendia em 2022 a mais de 92 milhões de pessoas (15 milhões na faixa etária entre os 15 e os 24 anos e 77,5 milhões na faixa etária entre os 0 e os 14 anos)", considerou.

Isto quer dizer que "esta população jovem é superior a 40 por cento do total da população que, de acordo com a mesma fonte, superava, em 2022, os 300 milhões de pessoas", acrescentou Zacarias da Costa.

Este "dividendo demográfico", cheio de aspirações, não pode ser defraudado "a bem das gerações actuais e futuras", sublinhou.

Para Zacarias da Costa, no cenário actual global, "a CPLP deve pensar o desporto como uma ferramenta diplomática para a promoção do desenvolvimento sustentável".

"Os jovens e o desporto podem e devem actuar como multiplicadores para gerar mudanças positivas no seu ambiente local, nacional e internacional", acrescentou.

Integram a CPLP Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.

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