Na ocasião, disse estarem satisfeitos com o que viram no viveiro, mas o próximo passo a dar é passar do viveiro para as famílias produtoras.
"Visitámos o viveiro central do INCA aqui no Bengo e estamos muito satisfeitos com aquilo que vimos e precisamos agora sair do viveiro e ir ao encontro das famílias produtoras para que façam uma boa utilização destas plantas", apontou o governante, citado pela Angop.
Enquadrado num acordo estabelecido com o Ministério da Agricultura de São Tomé e Príncipe, segundo o ministro, técnicos nacionais receberam formação nesse país que possui uma vasta experiência na produção de cacau, estando actualmente a actuar no processo que visa multiplicar as plantas em Angola.
Esse trabalho está a ser feito com sementes híbridas, referiu o titular da pasta da Agricultura e Florestas, que disse ainda acreditar que no horizonte temporal de dois anos e meio poderão vir a colher os primeiros frutos, apoiando a ideia de apostar nos jovens que serão responsáveis pelas plantas.
"De igual forma temos também aqui palmar híbrido, plantas que trouxemos da Costa do Marfim, foram aqui multiplicadas, estão com resultados excelentes e também vamos passar para colocá-las no chão nesse período que está a chover", disse ainda Francisco de Assis.
Quem também interveio na ocasião foi Vasco Gonçalves, director-geral do INCA, que afirmou que o viveiro da província do Bengo possui mais de 100.000 mudas de cacau, cujas 43.000 foram importadas de São Tomé e Príncipe e aproximadamente 57.000 mudas resultam de produção nacional, provenientes de Cabinda, Zaire e Nambuangongo, no sentido de promover a cultura deste fruto em Angola.
A produção de cacau no país é de 250 toneladas de cacau anuais, sendo 200 toneladas produzidas por Cabinda, o que, na visão do director-geral do INCA, ainda é considerado insignificante, escreve a Angop.
Segundo o responsável, com o grau de cultivo de mudas que estão a distribuir e o crescente interesse na cultura a nível nacional, acredita-se que logo se alcançará duas a três mil toneladas de cacau em termos nacionais, porém apenas haverá satisfação quando se chegar às 200.000 toneladas.