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Angola apresenta à França potencial do sector mineiro para investidores e o país

O secretário de Estado para os Recursos Minerais apelou esta Terça-feira aos empresários franceses que invistam no sector, com potencial mas que tem uma contribuição para a economia angolana “ainda insignificante”.

: Ampe Rogério/Lusa
Ampe Rogério/Lusa  

Jânio Victor falava para os representantes de 15 empresas francesas que esta Terça-feira estiveram reunidos com o Governo angolano num fórum de negócios Angola-França no sector mineiro, realizado sob o lema "Angola: Potencial Mineiro e Oportunidades de Negócio".

O governante realçou que o país, desde 2017, assumiu um novo modelo de governação do sector, criando um ambiente mais favorável à viabilização das actividades de prospecção, exploração, beneficiamento, transformação e comercialização de recursos minerais, para a atracção de investimentos internos e externos.

"Realçamos que em termos de contribuição na economia em 2021, o sector mineiro contribuiu apenas com aproximadamente 1,4 por cento no PIB [Produto Interno Bruto] de Angola. Na nossa leitura este número é ainda insignificante, precisando de investimentos directos que tragam mais desenvolvimento industrial ao país", disse.

Segundo Jânio Victor, para os próximos anos o esforço está virado para continuar a diversificar a produção mineira, actualmente mais centrada nos diamantes, contando com as grandes, médias e pequenas empresas para o desenvolvimento das múltiplas cadeias de valor dos minerais.

Jânio Victor sublinhou que o sector vai continuar a dar seguimento à implementação dos projectos em prospecção e exploração de diamantes, acelerar a entrada em produção de novos projectos diamantíferos, para aumentar a produção, destacando o Projecto Luaxe, na província da Lunda Sul, e a operacionalização da Bolsa de Diamantes de Angola.

O fomento de metais preciosos, como ouro, e, consequentemente a construção de uma refinaria de ouro, em Luanda, das rochas ornamentais e dos metais ferrosos, foram igualmente listados por Jânio Victor como áreas de interesse para se investir.

Por sua vez, a embaixadora da França em Angola, Sophie Aubert, disse que o evento, de iniciativa francesa, representa mais um passo nas relações económicas e comerciais entre os dois países.

Sophie Aubert referiu que algumas das empresas que integram a missão já estão implantadas em Angola e outras estão "a descobrir o país através desta missão", cuja participação ilustra a vontade das companhias francesas em investirem em Angola.

Em declarações à imprensa, a embaixadora francesa frisou que uma das empresas em prospecção de mercado é a ERAMET, empresa de mineração e metalúrgica, que trata de todos os minérios excepto o urânio.

"Temos também empresas que já prestam serviços em Angola a empresas do sector mineiro. Vamos fazer uma visita de campo para ver como funciona o sector mineiro aqui, hoje tivemos já uma visão ampla através dos operadores do Estado deste sector", sublinhou.

A diplomata francesa referiu que a balança comercial pende a favor de Angola, porque a França importa petróleo angolano, adiantando que o volume de negócios entre os dois países é de cerca de três mil milhões de euros.

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