Segundo o administrador – citado pelo Jornal de Angola –, os hectares disponíveis dividem-se em aproximadamente 4700 destinados para se instalar fábricas relacionadas com diversos sectores e 2800 hectares reservados a investimentos relacionados com a agro-indústria.
Falando à margem de uma visita de uma delegação da República Democrática do Congo (RDC), o responsável estendeu o convite aos homens de negócios daquele país no sentido de apostarem na ZEE, adiantando que o investimento estrangeiro é sempre bem-vindo.
A título de exemplo, Adriano Celso Borja informou que a zona económica conta com fábricas de 13 países, salientando-se a Espanha, Alemanha e Eritreia, esperando que a RDC se torne no 14.º país a apostar na ZEE.
"Estes países estão a apostar fortemente no desenvolvimento económico sustentável, e esperamos que a República Democrática do Congo seja o 14.º país a investir também na ZEE", disse, citado pelo Jornal de Angola.
O administrador da ZEE mencionou igualmente que muitas destas fábricas realizam exportações para a RDC. É o caso da Embravidro (dedicada à produção de garrafas de vidro) que, segundo o Jornal de Angola, faz chegar cerca de 4000 toneladas de garrafas à RDC.
Na ocasião, o responsável disse ainda estarem "esperançosos" com a presença da referida delegação. "Estamos esperançosos com a presença da delegação congolesa, um acto positivo porque da parte deles há muito interesse em investir nas tecnologias, indústria pesqueira entre outros sectores", afirmou, citado pelo Jornal de Angola.
Segundo uma nota da ZEE, a que o VerAngola teve acesso, a visita da delegação da RDC à ZEE decorreu nesta Terça-feira, no quadro do 2.º Fórum Económico entre Angola e RDC.
"A delegação foi recebida pelo Conselho de Administração da ZEE.EP, que orientou igualmente um roteiro interno, que contou com a visita a uma fábrica instalada na Zona Económica, nomeadamente a Embalvidro, bem como às principais infra-estruturas ali existentes", lê-se na nota.
Na ocasião, Jean Lucien Bussa Tongba, ministro do Comércio Exterior da RDC – que chefiou a delegação da RDC – salientou que a visita à fábrica de vidros permitiu a constatação do potencial que Angola proporciona no que diz respeito à produção local. "Depois desta visita vamos informar à nossa classe empresarial do que vimos, e certamente estimula-los para eventuais investimentos em Angola", afirmou, citado pelo Jornal de Angola.
"Estamos interligados com mais de dois mil quilómetros de fronteira comum, por isso, convido também o empresariado angolano a conhecerem o mercado congolês", acrescentou.
Segundo a nota da ZEE, a zona económica diz respeito ao "maior polo industrial infra-estruturado do país, e constitui uma potencial fonte de produtos a serem importados pela RDC, sendo que algumas das fábricas instaladas na ZEE já exportam para aquele país vizinho, como foi possível apurar à margem da 1.ª Edição do Fórum entre os dois países na RDC".
