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Programa de estágios que quer aumentar participação das mulheres na indústria petrolífera lançado esta semana

Vai ser lançado, na próxima Quinta-feira, dia 16 de Novembro, um programa de estágios profissionais que visa o aumento da participação das mulheres na indústria petrolífera no país.

: Facebook Ministério dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás Angola
Facebook Ministério dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás Angola  

Designado de 'Ubuntu', o referido programa vai ser lançado na capital, segundo refere um comunicado remetido ao VerAngola. "A Associação de Empresas Autóctones para Indústria Petrolífera de Angola (ASSEA) em parceria com a plataforma Muhatu Energy Angola (MEA) fará o lançamento, no próximo dia 16 do corrente mês, em Luanda, do programa de estágios profissionais denominado Ubuntu", lê-se na nota.

Este programa de estágios, segundo o comunicado, é direccionado às alunas finalistas dos cursos técnico-profissionais e "tem como objectivo principal proporcionar às estudantes a oportunidade de emergir no ambiente de trabalho real, onde enfrentarão os desafios diários e aplicarão seus conhecimentos teóricos em situações práticas".

Segundo a nota, o 'Ubuntu' "tem um olhar para a diversidade de género no sector" e, por esse motivo, direcciona-se de forma exclusiva para estudantes do sexo feminino.

"Actualmente, a inclusão de mulheres na indústria petrolífera representa apenas 22 por cento da força de trabalho total, com uma ainda mais baixa representação de oito por cento nas áreas técnicas", acrescenta o comunicado.

Relativamente a estes números, a vice-presidente da ASSEA, Berta Rodrigues Issa, considera ser necessário "criar oportunidades significativas para as mulheres" neste sector.

"Esses números sublinham a necessidade premente de criar oportunidades significativas para as mulheres na indústria de energia", afirmou Berta Rodrigues Issa, citada na nota.

"Ao oferecer oportunidades igualitárias de formação e desenvolvimento de carreira, estamos comprometidos em ajudar a transformar a paisagem da indústria petrolífera em Angola e criar um ambiente mais inclusivo e diversificado", acrescentou a vice-presidente da ASSEA.

Segundo o comunicado, "na primeira fase do programa, o público-alvo" vai ser constituído pelas alunas do Instituto Nacional de Petróleos (INP) "e do quarto ano ou finalistas do Instituto Superior Politécnico de Tecnologias e Ciências (ISPTEC)".

Estas estudantes vão começar por "absorver noções sobre o funcionamento e regras de organização, aprendizado sobre os ISOs (Standartização Internacional da Organização), cultura e estratégia da organização". Além disso, ao longo dos estágios vão igualmente inteirar-se acerca dos "procedimentos usados, introdução à higiene, segurança e ambiente, bem como as Key Performance Indicators (KPI)".

No final, é esperado que as beneficiárias do programa "tenham desenvolvido aptidões sociais e de comunicação, essenciais para colaborarem eficazmente com colegas de equipa e cumprirem as normas profissionais", lê-se na nota.

Segundo Janice Faria, directora executiva da Enagol (uma das empresas que se encontra a proporcionar estágio às aulas), as estagiárias vão adquirir "conhecimentos práticos em técnicas reais de engenharia", entre outros.

"As estagiárias adquirirão conhecimentos práticos em técnicas reais de engenharia, bem como habilidades para trabalho de campo, seguindo todas as regras e regulamentos aplicáveis. Poderão igualmente Identificar áreas específicas que requerem crescimento pessoal ou profissional e estarão mais bem preparadas para enfrentar esses desafios. Sentir-se-ão mais confiantes e preparadas para assumir uma posição profissional no sector de óleo e gás, caso surja uma oportunidade de contratação", afirmou, citada no comunicado.

Este programa de estágio vai ser remunerado e vai durar três meses. Relativamente à escolha das candidatas, segundo o comunicado, estas "serão seleccionadas com base no desempenho académico, paixão pela área técnica e desejo de fazer a diferença na indústria petrolífera".

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