O Ministério das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social, explica, em comunicado citado pelo Jornal de Angola, que depois do lançamento a 12 de Outubro o percurso do satélite foi acompanhado por especialistas nacionais com a ajuda de especialistas russos, que concretizaram diversas manobras que permitiram ao satélite chegar ao seu destino final com êxito.
"Após o lançamento a partir do nosso Centro de Controlo e Missão de Satélites, localizado em Luanda, na Funda, especialistas angolanos do Gabinete de Gestão do Programa Espacial Nacional (GGPEN) durante 23 dias com apoio de especialistas russos em Luanda, Moscovo e Zheleznogorsk realizaram várias manobras que envolvem princípios de engenharia relacionados com mecânica orbital que permitiu com sucesso no dia 3 de Novembro de 2022 a colocação do Angosat-2 na sua posição final 23E, na órbita geoestacionária a uma distância de cerca de 36000 quilómetros a nível da superfície da Terra", refere o documento, citado pelo Jornal de Angola.
Segundo a nota da tutela, o próximo passo prende-se agora com a concretização de uma segunda fase de testes ligados à "verificação do desempenho dos parâmetros dos canais de comunicação do satélite".
"O funcionamento do Angosat-2 é nominal, as operações e os testes continuam a decorrer em conformidade com os procedimentos e o plano definido pelas equipas envolvidas no funcionamento e na manutenção em órbita do Angosat-2", adianta ainda o comunicado, citado pelo Jornal de Angola.
O ministério refere igualmente que para a operação do satélite "foram formados pela Rússia, França, Inglaterra e Estados Unidos da América cerca de 67 especialistas do GGPEN que trabalham na gestão do programa espacial nacional dos quais 25 dedicados a operação do satélite".
A finalização da segunda fase de testes, segundo o comunicado, irá possibilitar "levar serviços de telecomunicações às zonas mais recônditas do país a preços competitivos".
Recorde-se que o Angosat-2 foi lançado no mês passado, na estação aeroespacial do Baikonur, no Cazaquistão. Este satélite vem assim substituir o Angosat-1, que depois de ter sido lançado em 2017 perdeu o contacto com a Terra.