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Reservas internacionais angolanas de 13,4 mil milhões de dólares garantem sete meses de importações

As reservas internacionais de Angola situavam-se, até no final de Outubro, em 13,4 mil milhões de dólares, valor suficiente para uma cobertura de cerca de sete meses de importações de bens e serviços.

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A informação foi esta Sexta-feira avançada, em conferência de imprensa, pelo governador do Banco Nacional de Angola (BNA), José de Lima Massano, no final da 108.ª reunião ordinária do Comité de Política Monetária (CPM).

José de Lima Massano frisou que o CPM decidiu manter a taxa básica de juro em 19,5 por cento, a taxa da facilidade permanente de cedência de liquidez em 21 por cento, a taxa da facilidade permanente de absorção de liquidez em 15 por cento.

Segundo o governador do banco central, a decisão de manutenção do curso de política monetária, pese embora a trajectória de redução da inflação da economia nacional, fundamenta-se pelo comportamento observado no mercado cambial no mês de Outubro em que se assistiu à queda da moeda nacional em relação ao dólar, em cerca de 10,6 por cento.

O governador do BNA realçou que no plano nacional os fundamentos macroeconómicos continuam animadores, salientando que o sector externo da economia tem vindo a beneficiar da melhoria dos termos de troca, com a conta de bens a registar um saldo superavitário de 27,5 mil milhões dos dólares, em termos acumulados até Outubro de 2022, um aumento de 59,31 por cento, comparativamente a igual período de 2021.

"Este desempenho reflecte o aumento do valor das exportações em 54,8 por cento, que excedeu o crescimento de 46,7 por cento observado nas importações", disse José de Lima Massano, observando que, contudo, no terceiro trimestre deste ano o saldo superavitário da conta de bens registou uma redução de cerca de 18 por cento face ao trimestre anterior, resultante da queda do valor das exportações globais, em 12 por cento, e pelo sector petrolífero, em cerca de 16,5 por cento, no último trimestre.

No sector real, as contas nacionais referentes ao segundo trimestre de 2022 divulgadas pelo Instituto Nacional de Estatística indicam um crescimento real do Produto Interno Bruto (PIB) de cerca de 3,6 por cento, em termos homólogos acima do registado no primeiro trimestre.

A taxa de desemprego, realçou José de Lima Massano, registou uma diminuição pelo quarto trimestre consecutivo, tendo atingido 30 por cento em Setembro de 2022.

No que se refere à actividade financeira e comparativamente a Dezembro de 2021 o governador do BNA destacou o crescimento de 10,3 por cento do stock do crédito concedido em moeda nacional, "apesar de se manter a preocupação com o crédito malparado, que no final de Outubro fixava-se em 19,74 por cento".

De acordo com o governador do banco central angolano, a inflação continua a diminuir, com 16,7 por cento no mês de Outubro, abaixo da taxa de 18,2 por cento do mês anterior e de 26,9 por cento do período homólogo.

"Este recuo da inflação foi influenciado pelo curso de política monetária e pela estabilidade da oferta de bens essenciais de amplo consumo", sublinhou.

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