Num encontro com jornalistas, em Luanda, o responsável do grupo, que tem uma parceria com a portuguesa Jerónimo Martins e representação exclusiva da marca Pingo Doce, sublinhou que o objectivo é continuar a investir "de forma sustentada", essencialmente com recurso à geração de 'cash flow'.
Presentes em Angola desde 2013, a Score tem investido 2 mil milhões de kwanzas anuais em média e mantém uma facturação "estável", com variações em torno de 1 por cento, revelou António Leal, sem detalhar os valores das vendas.
O responsável da rede de hipermercados Deskontão sublinhou o bom desempenho durante a pandemia de covid-19, apontando o mês de Março de 2020 como o melhor de sempre em termos de vendas.
"Este ano sentimos mais dificuldades, sobretudo entre Agosto e Outubro", admitiu António Leal, considerando que a quebra se deveu ao efeito combinado das eleições gerais realizada em Agosto e das férias.
"Penso que foi a primeira vez que muitas pessoas puderam tirar férias depois da pandemia", justificou.
A Jerónimo Martins é apenas um dos mais de 50 parceiros da Score que compra 70 por cento dos seus produtos a fornecedores locais, dos quais cerca de metade são perecíveis (carne, peixe, frutas e legumes).
António Leal salienta que a carne, exclusivamente nacional, é uma das principais apostas do Deskontão, destacando entre os parceiros a AgroQuibala, bem como os produtos de padaria, com produção própria e em funcionamento 24 horas por dia.
No campo da charcutaria, o Deskontão trabalha com dois dos maiores produtores de enchidos de Angola - Valinho e Quinta de Jugais – bem como empresas de salsicharia tradicional do Lubango.
A Novagrolíder e Fazenda Girassol fornecem, com pequenos agricultores, as frutas e legumes e o peixe é proveniente essencialmente da costa angolana, excepto as espécies importadas.
O grupo conta actualmente com quatro lojas Deskontão e uma com a insígnia Mel, criando cerca de 600 postos de trabalho directos.
O quinto supermercado Deskontão vai ser inaugurado na próxima Terça-feira, em Luanda.
O plano de expansão da Score não contempla para já a abertura de lojas noutras províncias angolanas, referiu igualmente António Leal.