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Manifestantes e polícia jogam ao “gato” e ao “rato” nos bairros de Luanda

Centenas de jovens tentaram sair à rua em Luanda para uma manifestação proibida pelas autoridades, que os persegue pelos bairros adjacentes na estrada de Catete.

: Osvaldo Silva
Osvaldo Silva  

Antes das 11h00, hora para que estava agendada a manifestação proibida, os jovens tentaram aproximar-se do local combinado, junto ao cemitério de Santa Ana, de onde deveriam sair em direcção ao centro da cidade, mas foram impedidos pelas barreiras que a polícia havia instalado na zona.

Gritando palavras de ordem como "a polícia é do povo não é do MPLA" ou cantando o hino nacional, numa atitude de confronto com as autoridades, os jovens foram alvo de cargas policiais, com recurso a balas de borracha e gás lacrimogéneo, e fugiram para os bairros adjacentes da zona.

Desde então, os elementos da Polícia de Intervenção Rápida têm tentado intimidar os jovens, entrando pelos bairros, muitos com estradas de terra batida, para dispersar os manifestantes. Mas, por diversas vezes, os jovens reorganizaram-se e têm tentado realizar acções de protesto na estrada principal, a avenida Deolinda Rodrigues.

A lusa testemunhou várias incursões policiais nos bairros adjacentes onde grupos de jovens desafiavam as autoridades, apelando ao direito de manifestação e salientando os fins pacíficos da mesma.

A repressão policial, cumprindo a decisão do governo de proibir a manifestação, impediu os jovens de se aproximarem-se do centro da cidade e do Largo da Independência.

De acordo com os activistas, há feridos entre os manifestantes e, cerca das 13h00, grupos de manifestantes tentaram de novo ocupar a estrada principal, gritando "violência não". Em resposta, a polícia disparou mais gás lacrimogéneo.

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