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Província do Cuando Cubango suspende exploração de madeira

A exploração de madeira foi suspensa na província do Cuando Cubango, devido ao descontrolo da actividade naquela região do sudeste de Angola, anunciou o governo provincial.

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A medida consta de um comunicado final emitido após a III reunião do governo provincial, que, entre outros assuntos, analisou a situação de devastação florestal, que as autoridades consideram preocupante.

O documento, citado pela Angop, avança que o levantamento da suspensão da actividade dependerá de um encontro entre o Ministério da Agricultura e Florestas e o governo local em que será discutida a situação.

De acordo com o comunicado, o governador da província, Júlio Bessa, realizou uma visita ao município de Menongue, sede capital da província, em finais de Outubro passado, e constatou "com preocupação" o corte da madeira do tipo Mussivi, cuja exploração foi já proibida.

O Governo interditou, em 2018, o corte de árvores da espécie Mussivi por um período de dois anos, com vista a aliviar a pressão sobre estas, causada pelas campanhas florestais de 2016 e 2017.

As queimadas e a caça furtiva são igualmente preocupações para as autoridades locais, que deram orientações às administrações municipais, comandos municipais e comunais da Polícia Nacional e fiscais, para intensificarem o combate a estas práticas.

Também na província da Huíla, administradores locais denunciaram o abate anárquico de árvores para a abertura de campos agrícolas e a produção de carvão, uma prática recorrente nos municípios de Caconda, Caluquembe e Chicomba.

A preocupação foi apresentada durante a III reunião ordinária do governo provincial da Huíla, tendo a administradora municipal de Chicolba, Dina Domingos, frisado que o abate de árvores para a produção de carvão e a sua comercialização, tem sido um meio de sustento para as famílias locais.

"O abate indiscriminado de árvores, por parte de alguns populares, é um dos constrangimentos que se verifica em vários municípios", disse Dina Domingos, citada pelo Jornal de Angola.

Há pelo menos dois anos, são várias as denúncias públicas, com vídeos e fotografias, sobre o abate indiscriminado de madeira em Angola, fundamentalmente no leste do país, com o transporte de toros entre províncias, o que é proibido por lei.

Angola tem uma superfície florestal avaliada em 69,3 milhões de hectares, que representam 55,6 por cento da sua superfície territorial, e reservas de madeira comercial estimadas em 4,5 mil milhões de metros cúbicos.

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