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Web Summit: empreendedores africanos dizem que cimeira pode ser mais divulgada no continente

A Web Summit devia ser mais divulgada em África, disseram empreendedores de Cabo Verde e Angola, assinalando que o retorno da participação no evento “é positivo” e permite “ganhar experiência”.

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“Há projectos tecnológicos em África, mesmo em Cabo Verde, mas acho que deviam fazer mais divulgação. Nós, por exemplo, só soubemos da Web Summit no ano passado”, afirma Raymond Gomes, programador da loja de aplicações Hybrid Store.

Pedro Beirão, presidente-executivo da angolana Appy Saúde, a primeira plataforma digital de serviços de saúde, diz que a Web Summit “é excelente, mas está muito focada na Europa e nos Estados Unidos”, e é pouco divulgada em África.

Por outro lado, as empresas africanas suscitam cada vez mais interesse: “Há alguma mudança em relação ao que vimos no ano passado. Temos visto mais interesse de investidores e parceiros, mas penso que não é muito divulgada em África”, salientou.

Raymon Gomes acrescenta que este é um “ecossistema” que ainda está a ser criado em África e nota que os custos associados à deslocação e participação podem também afastar algumas ‘startups’.

A equipa do Mindelo já tinha estado em Lisboa no ano passado, mas apresenta-se agora com um produto “mais completo”: uma aplicação que permite usar aplicações sem necessidade de fazer a instalação.

A Hybrid Store foi lançada pela incubadora cabo-verdiana Doutvisions, no Mindelo, mas espera em breve ganhar mais autonomia.

“Aproveitámos o facto de estar na ‘shortlist’ da Web Summit (160 empresas escolhidas para apresentar os seus projectos aos investidores no ‘pitch’) para nos posicionarmos de forma autónoma”, disse o presidente executivo, Marcos Ferreira.

O produto foi lançado durante a Web Summit e já conquistou 500 utilizadores, o que os responsáveis consideram muito positivo.

Também Pedro Beirão se mostra satisfeito com os resultados: “tivemos várias reuniões comerciais com potenciais parceiros e investidores”.

A plataforma que lançou em 2017 conta actualmente com 30 mil utilizadores e agrega informação sobre vários serviços de saúde incluindo hospitais, clínicas e farmácias, de acesso gratuito, nas 18 províncias de Angola.

“Com as parcerias que estabelecemos, já é possível procurar e reservar medicamentos e em breve vai ser possível marcar consultas”, adiantou à Lusa.

Os responsáveis das duas 'startups’ garantem que a presença na Web Summit é “compensadora” e mostram-se satisfeitos com o retorno. Se tudo correr, vão voltar no próximo ano, garantem.

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