Jorge Coelho afirmou que “o novo ciclo político” de João Lourenço, que esteve em visita de Estado a Portugal na semana passada, é “uma distinção profunda do que vai pelo mundo”.
“Há hoje, claramente, uma distinção das características do Presidente norte-americano pela negativa, do novo Presidente do Brasil pela negativa e de João Lourenço pela positiva”, referiu o ex-governante, português atual conselheiro da construtora Mota-Engil, com intervenção em Angola.
Sublinhando o carácter “profundamente reformista” de João Lourenço, Jorge Coelho considerou que “Angola está a viver uma gigantesca transformação” e acentuou que foi esta “nova liderança” que “tornou Angola mais livre”.
Membro dos XIII e XIV governos de Portugal, Jorge Coelho afirmou que a obra que prefaciou é, também, uma prova do que se alterou em Angola, com “mudanças e reformas profundas”, depois de João Lourenço ter sucedido a mais de 30 anos de José Eduardo dos Santos na presidência do país.
Jorge Coelho frisou que “Notícias do Palácio”, da autoria de Luís Fernando, actual secretário de Imprensa de João Lourenço, remete para “decisões em que se vê com clareza integrarem um novo pensamento e um novo ciclo político” e são, também, “um sinal de mudança anunciada e que está a ter lugar, uma autêntica mudança”.
Segundo Jorge Coelho, o livro recupera, igualmente, o modo como "é removido o irritante" entre Portugal e Angola, relativo à investigação ao então vice-presidente angolano Manuel Vicente. O gestor salientou, ainda, a “forma radical” como mudou a imagem de Angola depois de João Lourenço ter sido eleito Presidente de Angola.
“Havia uma imagem negativa de Angola nos ‘media' nacionais e internacionais. Foi a mudança de ciclo por vontade do povo angolano que contribuiu decisivamente para isso. Foi a nova liderança de João Lourenço e a nova forma, expressa também no livro, de exercer o poder e mudar o que está a mudar que são fundamentais para isso”, disse Jorge Coelho.
O livro "Notícias do Palácio" teve a primeira edição em Luanda, enquanto que na segunda, apresentada em Lisboa, foi revisto e actualizado, incluindo um capítulo com a visita oficial a Angola do primeiro-ministro de Portugal, António Costa, em Setembro.
