Segundo a agência ANGOP, a barragem Baines, aproveitando o caudal do rio Cunene, que faz fronteira entre os dois países, ficará situada no lado namibiano e começará a ser construída, se as partes assim o entenderem, a partir de 2021, estando, no final, apta a produzir 600 'megawatts' de potência, metade para cada país.
O documento foi assinado pelo ministro da Energia e Águas, João Baptista Borges, e pelo governante namibiano da Agricultura, Águas e Florestas, Alpheus Naruseb, não se tendo, para já, falado em qualquer verba.
Em declaração à imprensa, João Baptista Borges destacou a importância do memorando, que vai permitir a elaboração de estudos para interligar os dois países no domínio da electricidade e a construção de um empreendimento energético na região de Ruacaná, cidade namibiana junto à fronteira com Angola.
Na região já existem duas outras barragens, a de Ruacaná e do Calueque (já em Angola), 40 quilómetros a montante e a que se juntará a de Baines a partir de 2025, ano em que se prevê a conclusão dos trabalhos.
Na região estão situadas as Quedas de Ruacaná, conjunto de cataratas e rápidos formados pelo rio Cunene, em que a queda principal tem 120 metros de altura e cerca de 700 de largura na época das chuvas, sendo consideradas uma das maiores de África.