“Angola não é um país rico, é um país pobre, com muitas potencialidades, e quanto mais depressa os angolanos se convencerem disso, melhor”, disse Luís Todo Bom durante a sua intervenção na conferência ‘Angola: Que mudança?’, organizado pela UCCLA e pelo Clube de Lisboa, que decorre em Lisboa.
“Quero apresentar um programa de desenvolvimento focado e prioritário, com quatro eixos estruturantes e absolutamente prioritários, e que são maximizar as receitas em divisas provenientes do petróleo, atingir a auto-suficiência alimentar, criar empresas nacionais de razoável dimensão, eficientes e rentáveis, e atrair grandes empresas internacionais para projectos estruturantes e de perfil exportador”, disse Luís Todo Bom, reconhecendo que a implementação deste "programa doloroso" necessita de um “apoio político total”.
Na intervenção, o consultor e gestor de empresas mostrou-se preocupado com a possibilidade de os concursos às privatizações “ficarem vazios porque não se está à procura dos potenciais interessados” e criticou o Orçamento do Estado angolano para 2019, “que é mais do mesmo, com poucas mudanças”, apontando: “Não acredito que se vá a lado nenhum daquela maneira”.