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PR critica que ninguém tenha feito nada sobre negócio ilegal de divisas

O Presidente João Lourenço garante que Angola tem divisas, só que estão fora do controlo do circuito legal, criticando o facto de até agora "ninguém" ter feito "nada" para inverter o cenário.

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A situação foi utilizada pelo chefe de Estado para explicar as recentes mudanças na direcção do Banco Nacional de Angola (BNA) e no comando-geral da Polícia Nacional, com João Lourenço a definir como prioritário o combate à venda ilegal de divisas nas ruas, que atingiu "níveis preocupantes".

"Há divisas em Angola, pelo menos em Luanda, só que estão fora das instituições próprias que deviam ter o controlo delas", criticou João Lourenço, no Sábado, em Pretória, ao fechar o terceiro dia de visita de Estado à África do Sul.

As divisas "não estão nos bancos, mas estão em locais perfeitamente identificados, mas que por razões que desconhecemos, todo o mundo sabe e ninguém faz nada. Então, esta é uma das medidas [orientações ao banco central e polícia] que vai com certeza contribuir para que haja mais divisas disponíveis para a economia, de uma forma geral, e para outro tipo de necessidades", disse.

O preço para comprar um dólar norte-americano nas ruas de Luanda manteve-se estável na última semana e a divisa estava a ser transaccionada, na Sexta-feira, à volta de 410 kwanzas, duas vezes e meia acima da taxa de câmbio oficial.

O custo de cada dólar no mercado paralelo chegou a rondar, após as eleições gerais, os 370 kwanzas, quando a taxa de câmbio oficial definida pelo BNA está há um ano e meio fixa nos 166 kwanzas.

"O negócio está a apertar muito nos últimos dias, os fiscais estão a fiscalizar muito", explicou na altura à Lusa uma das kinguilas de Luanda, como são conhecidas as mulheres que se dedicam à compra e venda de divisas.

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