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Angola continuar a colocar dívida pública são “boas notícias” para a Deloitte

O presidente da consultora Deloitte em Angola considerou como "boas notícias" o facto de o Estado continuar a conseguir colocar dívida pública, desvalorizando as taxas de juro, que a um ano estão nos 22 por cento.

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Rui Santos Silva falava em Luanda, na apresentação da 11.ª edição da publicação Banca em Análise, com as demonstrações financeiras dos bancos angolanos em 2015, no mesmo dia em que dados do Banco Nacional de Angola (BNA) indicam que na primeira semana de Novembro foram colocados Bilhetes do Tesouro a taxas de juro de 21,96 por cento no prazo a 364 dias.

"São boas notícias. O Estado angolano continua a colocar com facilidade dívida pública, portanto boas notícias para todos nós", apontou.

Apesar destes valores, a taxa de juro paga na maturidade a um ano é cerca de metade do valor que a inflação (a 12 meses) atingiu em Angola no mês de Setembro, de cerca de 40 por cento. "A taxa de juro tem que ser olhada no contexto daquilo que é taxa da inflação. Se estivéssemos a falar da Noruega ou da Alemanha seria uma coisa, não estamos. São, no nosso entender, boas notícias, quer a taxa de juro quer a facilidade com que o Estado angolano tem colocado dívida pública", destacou Rui Santos Silva, questionado pela Lusa.

Ainda sobre 2015, a Deloitte destaca que pela primeira vez foram comercializados títulos de dívida soberana no mercado internacional, uma emissão de eurobonds – dívida pública angolana mas emitida em moeda estrangeira – no caso no valor de 1,5 mil milhões de dólares (1,3 mil milhões de euros).

"Esta emissão foi um passo importante para a diversificação das fontes de financiamento dos agentes económicos", disse ainda o presidente da Deloitte Angola.

Rui Santos Silva sublinhou igualmente o papel do governador do BNA, Valter Filipe, em funções desde Março deste ano, afirmando ser "muito preocupado e interventivo". "O que são boas notícias para o sector financeiro. Não olhámos para o sector com nenhuma preocupação, vemos o BNA a acompanhar e a ser muito participativo", concluiu.

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