De acordo com dados de um documento do Ministério das Finanças de suporte à proposta de Orçamento Geral do Estado para 2017 compilados pela Lusa, Angola importou 413,7 milhões de dólares em produtos da cesta básica durante o primeiro semestre deste ano, uma redução de 40,7 por cento face ao ano anterior.
O arroz liderou esta lista – que inclui ainda óleo, carne seca, farinha, sal, feijão ou sabão, entre outros – com compras totais, em seis meses, de 93,6 milhões de dólares. Este valor compara com 156 milhões de dólares de arroz importado no primeiro semestre de 2016, equivalente a quase 850 mil dólares por dia.
A importação de arroz por Angola caiu desta forma 40 por cento durante o primeiro semestre, período durante o qual a sua venda chegou a ser racionada nos hipermercados, com o preço a disparar todas as semanas.
O país está a desenvolver alguns projectos agrícolas com vista a retomar as produções em massa de arroz que se verificavam no tempo colonial português, algumas das quais envolvendo agora investidores chineses.
Ainda de acordo com o mesmo documento governamental, Angola ainda importou 813,2 milhões de dólares só em alimentos, entre Janeiro e Junho deste ano. No mesmo período de 2015 essas importações ultrapassaram os 1,5 mil milhões de dólares.
Globalmente, as exportações, essencialmente petróleo, caíram 32,7 por cento no primeiro semestre, para 12,3 mil milhões de dólares, enquanto as importações aceleraram a descida, que se cifrou em aproximadamente 50 por cento, para 5,5 mil milhões dólares. Esta diferença permitiu um saldo positivo na balança comercial angolana superior a 6,7 mil milhões de dólares, um aumento de 13,5 por cento face ao primeiro semestre de 2015.
