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Mercado de artesanato do Benfica vai mudar-se para espaço no Museu da Escravatura

Os vendedores do antigo mercado de artesanato do Benfica, em Luanda, começam esta Terça-feira a ser transferidos para um novo espaço, criado pelas autoridades no Museu da Escravatura, também nos arredores da capital.

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A medida vai ser implementada a partir de hoje, apesar de o mercado ter sido inaugurado a 4 de Abril de 2015 pelo Presidente José Eduardo dos Santos, e as conversações com os artesãos, sobre a mudança, terem começado em Junho deste ano.

A informação foi prestada à agência Lusa por uma fonte da administração municipal de Belas. A mesma fonte acrescentou que o novo espaço, denominado "Centro de Artesanato", localizado nas imediações do Museu da Escravatura, tem condições para albergar todos os actuais artesãos daquele mercado, que existe há cerca de 20 anos, e não só.

Em declarações à agência Lusa, Pedro Malungo, comerciante de peças de artesanato naquele espaço, disse que foram surpreendidos no fim-de-semana por fiscais e polícias, que intimaram a sua retirada daquele local. "Há duas semanas que começamos a ser intimados a sair, são fiscais do Belas, no domingo veio cá até o comandante da polícia. Nós estamos legalizados, temos os documentos", queixou-se.

Este mercado era também conhecido pela intensa venda de peças em marfim, actividade entretanto ilegalizada pelo Governo.

Segundo a fonte da administração do Belas, há seis meses que os vendedores têm conhecimento que vão ser transferidos, salientando que "há um grupo mínimo que não quer sair, está a resistir, mas a maioria está de acordo".

"O edifício foi construído e precisa de albergar os vendedores, até porque aquela zona marítima onde foi construído coincide muito bem com aquelas peças e então o Governo da Província de Luanda decidiu transferi-los para o novo mercado, porque o Presidente inaugurou e não está a ser utilizado", disse.

O novo mercado, acrescentou, tem capacidade para albergar todos, possui uma sala de reuniões com quase 500 lugares, instalações sanitárias, restaurante, jardinagem, uma sala de exposição e um ateliê.

O antigo mercado vai ser encerrado e no seu lugar deverá ser construída uma infra-estrutura de lazer para a juventude.

Relativamente ao espaço de alimentação que existia no mercado, a fonte referiu que foi igualmente acautelada essa questão e foi criado um novo para esse fim.

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