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Economia

Governo quer subir receitas do Imposto do Consumo em 13 por cento com combustíveis à cabeça

As receitas fiscais com a aplicação do Imposto do Consumo em Angola deverão subir mais de 13 por cento em 2016, para mais de três mil milhões de dólares, nomeadamente taxando os combustíveis, segundo as previsões do Governo.

Ampe Rogério:

A informação resulta da análise à proposta do Orçamento Geral do Estado (OGE) para 2016, com votação final na Assembleia Nacional agendada para 11 de Dezembro e que prevê receitas correntes e de capital de 6,429 biliões de kwanzas, além de um défice público de 5,5 por cento do Produto Interno Bruto (PIB).

Do total destas receitas, o Governo angolano estima obter 6,72 por cento com a cobrança do Imposto do Consumo, cerca de 431.951 milhões de kwanzas, o que compara com a estimativa na versão do OGE de 2015 elaborada há precisamente um ano, então apontando para 381.082 milhões de kwanzas e um peso de 5,25 por cento.

Com a aprovada - e ainda não concretizada - introdução deste imposto nos combustíveis (gasolina e gasóleo), o Governo estima arrecadar 3.027 milhões de kwanzas, um aumento de 115 vezes face à mesma rubrica (Imposto sobre o consumo de derivados do petróleo) no OGE aprovado há um ano.

A venda de cerveja nacional, um dos principais encaixes desta tributação, deverá gerar 16.557 milhões de kwanzas de imposto de consumo em 2016, enquanto a de cerveja importada - sujeita a quotas - poderá render 5.874 milhões de kwanzas. A venda de outras bebidas alcoólicas pode vir a garantir, no próximo ano, 13.614 milhões de kwanzas.

Desde o segundo semestre de 2014 que Angola vive uma crise económica, financeira e cambial, devido à queda da cotação do barril de petróleo no mercado internacional, o que tem vindo a obrigar a aumentar o endividamento público, apesar do corte de um terço na despesa pública projectada inicialmente para este ano.

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