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Angola começa a pagar juros da primeira emissão de ‘eurobonds’ em Maio

O Estado vai começar a pagar juros da primeira emissão de emissão de ‘eurobonds', de 1,5 mil milhões de dólares, a 12 de Maio de 2016 e a maturidade do montante está fixada em Novembro de 2025.

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A informação consta de um decreto executivo assinado pelo ministro das Finanças angolano, Armando Manuel, que determina as condições desta emissão de dívida soberana nacional em moeda diferente da do país emitente ('eurobonds'), concretizada a 4 de Novembro, marcando a estreia de Angola a financiar-se no mercado internacional.

Os juros desta emissão estão confirmados em 9,5 por cento, a liquidar aos dias 12 de Maio e 12 de Novembro de cada ano, já a partir de 2016. O documento, a que a Lusa teve hoje acesso, refere que a receita liquida com esta emissão está estimada em 1.492.500.000 dólares.

"Esta emissão inaugural é um passo extremamente importante para o nosso país e nós vemos isso como o início de um relacionamento de longo prazo com os mercados de capitais internacionais", referiu anteriormente o ministro das Finanças, Armando Manuel, sobre esta emissão.

A operação foi distribuída, entre outros, por investidores norte-americanos e europeus, como gestores de fundos, bancos ou fundos de pensão.

O interesse dos investidores na primeira emissão do género feita por Angola ultrapassou cinco vezes o montante que o país pretendia colocar.

Angola fixou um prazo de dez anos de maturidade - pagamento do montante financiado - para "criar uma forte referência que combinou com a sua preferência por duração, consistente com o uso das receitas para fins de infra-estrutura".

O norte-americano Goldman Sachs International actuou como líder do consórcio de bancos que estruturou a operação, que incluiu ainda o alemão Deutsche Bank e os chineses da ICBC International.

Angola enfrenta uma forte crise económica e financeira, decorrente da quebra das receitas com a exportação de petróleo face à baixa da cotação do barril de crude no mercado internacional.

Para compensar esta quebra de receitas, Angola prevê necessidades de financiamento do Orçamento Geral do Estado de 2015 superiores a 20 mil milhões de dólares. Além do financiamento do Estado, esta emissão (moeda estrangeira) permitirá o reforço das reservas internacionais angolanas, necessárias à importação de bens alimentares e matéria-prima, que se reduziram em 13 por cento desde o início do ano, devido à crise petrolífera.

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