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Georges Chikoti e Nélson Cosme condecorados pelo Brasil

O ministro das Relações Exteriores de Angola, Georges Chikoti, e embaixador angolano no Brasil, Nélson Cosme, foram condecorados pelo Estado brasileiro com uma das principais ordens do país, informou à Lusa fonte da diplomacia de Luanda.

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A condecoração com a Grã-Cruz da Ordem Nacional do Cruzeiro do Sul foi atribuída na sexta-feira, no âmbito da visita do governante angolano a Brasília, sendo justificada com os 40 anos da independência de Angola, que se assinalaram a 11 de Novembro, e "pelo dinamismo da cooperação entre Angola e o Brasil", indicou a mesma fonte.

Angola assinou uma parceria estratégica com o Brasil, em 2010, país que, por sua vez, foi o primeiro a reconhecer a independência da antiga colónia portuguesa em África.

O ministro angolano das Relações Exteriores, Georges Chikoti, defendeu sexta-feira, em Brasília, que Brasil e Angola realizem "acções criativas" para continuar a aprofundar suas relações em tempos de crise económica, durante um evento em Brasília.

"Os países enfrentam hoje, por conta da conjuntura mundial, grandes desafios económicos e financeiros. (...) É nesse cenário que Angola e Brasil terão de projectar acções criativas para continuar a desenvolver as relações entre os países", afirmou Chikoti no seminário "40 Anos do Reconhecimento da Independência de Angola pelo Brasil".

O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, também participou no seminário e, em seguida, os governantes tiveram uma reunião bilateral de trabalho.

"O reconhecimento do Brasil dignificou a luta armada do povo angolano e reacendeu a chama da esperança", disse Chikoti, realçando que o acto "livre e autónomo" da política externa brasileira demonstrou o seu apoio ao processo de descolonização de antigas colónias portuguesas.

O governante angolano realçou que, em alguns períodos, "a situação interna dos países gerou incertezas desnecessárias" em suas relações, e relembrou o aumento das trocas comerciais e o auxílio dado pelo Brasil para a reconstrução angolana nos anos 1990, e o aprofundamento das relações a partir dos anos 2000, "sustentado pela vontade política dos chefes de Estado".

O ministro brasileiro, no seu discurso, afirmou que os dois países estão unidos por "laços históricos e culturais", e relembrou a presença de cidadãos e empresários brasileiros em Angola, além da realização de projectos de cooperação em diferentes áreas, como a educação e a segurança.

O comércio bilateral entre os países cresceu mais de 80 por cento entre 2006 e 2014, e alcançou no ano passado 2.370 milhões e dólares.

O ministro Georges Chikoti seguirá esta segunda-feira para os Estados Unidos, onde participará no "Angola Day", em Washington, evento subordinado também à celebração dos 40 anos da independência do país.

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