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Governo de Luanda quer população a pagar taxa para garantir recolha do lixo

Os habitantes e empresários de Luanda vão ser chamados a pagar uma taxa, ainda em moldes por definir, para suportar os custos com a recolha de resíduos sólidos na capital angolana, anunciou o governador da província.

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A informação foi transmitida pelo governandor Graciano Domingos durante uma visita de campo a Viana, em Luanda, na quarta-feira, três meses depois da entrada em vigor do novo modelo de recolha de resíduos sólidos na capital, que sofreu um forte corte no orçamento, levando várias empresas a abandonar o serviço e o lixo a acumular-se pelas ruas.

O governador da província de Luanda disse que o modelo de pagamento de taxas "ainda é uma proposta". "Será cobrada uma taxa por cada residência e por cada estabelecimento comercial. Essa taxa será mensal, semestral ou anual e será cobrada pela administração municipal com o auxílio do órgão competente do Ministério das Finanças", explicou Graciano Domingos.

No início de Setembro, ao fim das primeiras semanas de operacionalização do novo modelo de recolha de lixo na capital, que conta com mais de 6,5 milhões de habitantes, o director da Empresa de Limpeza e Saneamento de Luanda (Elisal), António Rodrigues, disse que cerca de 1500 toneladas de resíduos sólidos ficavam então por recolher diariamente na província, devido à falta de meios.

A situação agravou-se depois da desistência de muitas operadoras contratadas para o serviço, que com os valores agora fixados não conseguiram cobrir as suas despesas operacionais e com o pessoal.

Para a limpeza de toda a província, o Ministério das Finanças disponibiliza ao Governo Provincial de Luanda uma verba de cerca de 10 milhões de dólares por mês, que representa um terço do montante atribuído há cerca de quatro anos.

Com o lixo a acumular-se por toda a província, avançaram a 9 de Setembro deste ano campanhas pontuais de recolha de lixo em cada município, mobilizando diversos meios e centenas de trabalhadores.

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