A informação consta do relatório de actividades de 2024 (até Setembro) da LAR, a que a Lusa teve acesso, segundo o qual o financiamento externo que está a ser negociado ascende a 735 milhões de dólares, dos quais 535 milhões provenientes da instituição financeira norte-americana DFC e os restantes 200 milhões do Banco de Desenvolvimento da África Austral (DBSA) que deu luz verde ao empréstimo no início do mês passado.
A maior parte do investimento já concretizado destinou-se a pagar ao governo a taxa de concessão do consórcio formado pela Trafigura, Mota-Engil e Vecturis.
Os custos operacionais e de desenvolvimento absorveram 40 milhões de dólares e a mobilização das equipas, bases e equipamentos da manutenção da via 31,6 milhões de dólares.
Foi também mobilizado um adiantamento de 30 por cento para adquirir 450 vagões mais peças sobressalentes no valor de 12 milhões de dólares.
O restante montante serviu para adquirir contentores marítimos, peças sobressalentes para locomotivas, pagamento de seguros, aquisição de máquina portuária e para o porto mineiro.
Entre Janeiro e Agosto de 2024, circularam nesta infraestrutura ferroviária que atravessa Angola, desde o Porto do Lobito até à fronteira com a República Democrática do Congo, 2665 comboios, dos quais 71 de carga internacional e 242 de carga nacional.
Foram carregados e descarregados no porto mineiro 690 vagões, dos quais 98 carregados em enxofre, enquanto outros 592 foram descarregados com cobre.