"O Executivo angolano, em conformidade com as capacidades orçamentais e no interesse da Defesa e Segurança Nacional, vai continuar a implementar políticas que visam a melhoria das condições sociais, de infra-estruturas, de aquartelamento, armamento, meios técnicos e materiais, melhoria das condições de trabalho e de formação, valorizando desta forma os nossos efectivos", referiu o chefe de Estado.
Na sua mensagem, a que o VerAngola teve acesso, João Lourenço indica que o acto de constituição das FAA, que resultou da "fusão de dois exércitos que se contendiam, configura um grande exemplo histórico de boa memória a nível internacional".
Considerando que as FAA, "cientes do papel que a Constituição da República de Angola lhes confere, continuam e continuarão a ser um factor importante da estabilidade política, reconciliação nacional, consolidação da paz e símbolo de unidade nacional".
"A evolução tecnológica e científica, ao nível internacional, obriga a que as Forças Armadas Angolanas continuem a desenvolver as suas capacidades humanas, técnicas e tecnológicas para corresponderem aos desafios e ameaças que se apresentarem", refere, acrescentando: "É, também, imprescindível prosseguir com as acções de reestruturação, redimensionamento, reequipamento e rejuvenescimento em curso nas Forças Armadas, com vista a inovar, modernizar e desenvolver a sua capacidade combativa".
Desse modo, reiterou a contínua implementação de políticas que tenham em vista essas melhorias.
"No contexto da paz que vivemos, além da contínua e necessária preparação e prontidão combativas, é importante que as Forças Armadas Angolanas se capacitem para intervenção em tarefas sociais e outras de interesse público nacional, bem como participar em missões internacionais, conforme consagrava a Constituição e a Lei, e outros instrumentos internacionais de que Angola seja parte", apontou.
Segundo o Presidente da República, as FAA, "no quadro das suas missões de defesa e salvaguarda da soberania nacional, devem continuar a manter uma estreita cooperação com os demais órgãos de Defesa e Segurança no combate ao crime organizado", bem como na protecção das fronteiras, na "manutenção da ordem e da tranquilidade públicas, assim como participarem em actividades comunitárias e de preservação do meio ambiente".
Na sua mensagem, o chefe de Estado falou também do contexto internacional, tendo considerado que a situação política internacional "está caracterizada por alguns conflitos militares localizados, com tendência a se expandirem, com realce para os conflitos militares no leste da República Democrática do Congo, no Sudão, entre a Rússia e a Ucrânia (que já dura há mais de dois anos) e o conflito que se alastra no Médio Oriente, os quais podem perigar a Paz e a Segurança Internacional, com consequências negativas para a paz mundial".
João Lourenço não se esqueceu de deixar uma palavra de felicitações a todos os efectivos: "Deste modo, face ao momento festivo do 33.º aniversário, felicito vivamente todos oficiais generais, almirantes, oficiais superiores, capitães e subalternos, sargentos e praças, bem como os trabalhadores civis que, a partir das respectivas unidades, estabelecimentos e órgãos militares, têm garantido a defesa intransigente da nossa independência, da soberania e da integridade nacional, criando as condições de segurança e estabilidade necessárias ao desenvolvimento económico e progresso social do nosso país".
No fim, também exortou a "todos os oficiais generais, almirantes, oficiais superiores, capitães e subalternos, sargentos, praças e trabalhadores civis, a elevarem os seus conhecimentos técnico-militares e profissionais", bem como a reforçarem "o patriotismo e lealdade à pátria, respeitando os princípios que emanam a instituição castrense, pois 'a Pátria aos seus filhos não implora, Ordena!'".
Refira-se que as FAA foram criadas a 9 de Outubro de 1991, no seguimento dos Acordos de Paz para Angola, que foram assinados a 31 de Maio de 1991, em Portugal/Bicesse.