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Siemens Mobility Angola defende harmonização da sinalização da rede ferroviária nacional

O director geral da Siemens Mobility Angola defendeu que o país precisa de harmonizar a sinalização e comunicações da sua rede ferroviária para a garantia de maior segurança e mobilidade das locomotivas, garantindo investimentos inovadores no sector.

: Paulo Cunha
Paulo Cunha  

"Estamos aqui para investir num sistema inovador em termos de sinalização e comunicação, ou seja, nos caminhos-de-ferro tem que se ter uma uniformização dos sinais que estão postos na linha", afirmou esta Terça-feira Paulo Cardoso.

Falando à margem do 2.º Ciclo de Conferências Técnicas Ferroviárias Angola Rail 2023, o responsável deu conta que a empresa vai investir num "sistema moderníssimo, digital", sobre a sinalização nos caminhos-de-ferro de Angola.

Paulo Cardoso realçou a inexistência de harmonização dos sinais de comunicação das ferrovias de Angola, considerando ser um aspecto normal, que já aconteceu em outros países, sobretudo por existir em Angola três caminhos-de-ferro diferentes.

"Então, há que se harmonizar os três caminhos-de-ferro para podermos todos falar a mesma linguagem em termos de comunicação", defendeu.

A rede ferroviária de Angola é composta pelos Caminho-de-Ferro de Luanda (CFL), Caminho-de-Ferro de Benguela (CFB) e Caminho-de-Ferro de Moçâmedes (CFM).

Em relação ao volume global de investimento estimado pela Siemens Mobility Angola para a implementação do referido projecto, ainda em carteira, o director-geral da empresa não entrou em detalhes, dando nota apenas que decorrem trabalhos com as autoridades governamentais.

"Nós estamos a trabalhar activamente com o Governo (angolano) no sentido de podermos aferir melhor este tipo de investimento, nós não podemos avançar agora números, porque cabe ao Ministério dos Transportes", argumentou.

Um investimento do género feito em Moçambique, em seis anos, permitiu o recrutamento de mais de 100 pessoas e um investimento de perto de dois milhões de dólares, revelou Paulo Cardoso.

"Para Angola estamos a aferir melhor para poder fazer o investimento e pode ser mais ou menos esse valor", concluiu.

Os desafios da implantação de ferrovias e desafios e oportunidades na dinâmica de uma nova mobilidade sustentável são alguns dos temas em abordagem nesta conferência que decorre até Quarta-feira, em Luanda.

A conferência, promovida pela Associação dos Técnicos Ferroviários de Angola e empresas públicas deste subsector dos transportes terrestres, celebra a Semana de Segurança Ferroviária da Comunidade de Desenvolvimento de África Austral (SADC) e os 135 anos do início da exploração ferroviária em Angola.

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