Ao falar na passada Sexta-feira, aquando da apresentação de cumprimentos de despedida ao Presidente, João Lourenço, no Palácio Presidencial, o embaixador mostrou-se "satisfeito com as relações sólidas" entre ambos os países, tendo ainda indicado a pandemia de covid-19 e a guerra na Ucrânia, "vizinha da Polónia, como as razões que dificultaram o bom desenvolvimento das relações económicas entre os dois países", refere um comunicado do CIPRA, a que o VerAngola teve acesso.
O diplomata polaco disse ainda estar convencido de que brevemente mais missões económicas do seu país virão a Angola. "Vejo muito potencial e estou convencido de que, em breve, mais missões económicas da Polónia virão cá", afirmou.
Já acerca do actual estado da balança comercial, o embaixador, cuja sua missão foi de oito anos em Angola, "lamentou a baixa cifra de intercâmbio comercial, que gira em torno de 30 a 40 milhões de dólares, enfatizando a necessidade de se explorar sectores como a construção civil, transformação de madeira e informática, bem como a cooperação entre instituições de ensino superior", lê-se ainda na nota.
Além do embaixador cessante da Polónia, ainda no mesmo dia, o Presidente da República também manteve um encontro com a delegação parlamentar do Japão, "durante a qual enfatizou a cooperação bilateral e, sobretudo, a necessidade de maior colaboração do sector privado".
Em forma de resposta, o líder da delegação que assinalou presença na 147.ª Assembleia Geral da União Interparlamentar (UIP), Kameoka Yoshitani, assumiu o compromisso de "levar a proposta ao seu Governo, com vista a fortalecer ainda mais as relações bilaterais entre os dois países", acrescenta a nota.
No fim do encontro, também teceu elogios a Angola pelo êxito da UIP, na qual participaram 179 países.
"Isso é uma prova do poder e da competência de Angola. Por isso, vou partilhar essa experiência de Angola quando chegar ao Japão com todos os membros da Câmara", afirmou, citado no comunicado.
O chefe de Estado também recebeu o embaixador da República Árabe do Egipto, Mohamed Salout, que está igualmente em fim de missão, "após representar seu país nos últimos quatro anos".
Na ocasião, o diplomata disse que as relações entre Angola e o Egipto "são excelentes e que nos últimos quatro anos tem havido um grande crescimento de novas empresas egípcias no mercado angolano, particularmente no sector das infra-estruturas e construção".
Assim, acrescentou que estão "a fazer um grande avanço neste domínio".
Refira-se ainda que João Lourenço recebeu igualmente cumprimento de despedida do embaixador da República Popular Democrática da Coreia, Jo Pyong Chol, que cumpriu uma missão de cinco anos em Angola.