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Interpol e Afripol identificaram 21.000 redes em África ligadas a perdas de 40 milhões

A Interpol e a Afripol identificaram, numa operação conjunta, mais de 21.000 redes cibernéticas suspeitas ligadas a perdas financeiras de 40 milhões de dólares (cerca de 40 milhões de euros), disse o presidente daquela organização internacional, alertando para o aumento do cibercrime.

: HRN (via: Facebook da Interpol HQ)
HRN (via: Facebook da Interpol HQ)  

Ahmed Naser Al-Raisi, oficial de alta patente dos Emirados Árabes Unidos e presidente da Interpol, falava esta Terça-feira em Luanda na 26.ª Conferência Regional Africana da Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol) e indicou que, nos anos mais recentes, África assistiu a um aumento de crimes em várias áreas, em especial o cibercrime, que coloca desafios sérios aos governos e aos cidadãos.

"Os ataques são cada vez mais complexos e frequentes, com os criminosos a usar novos métodos para acederem a dados confidenciais e informações sensíveis", notou.

Numa operação conjunta da Interpol e da Afripol (Mecanismo da União Africana para a Cooperação Policial) em 25 países africanos, a polícia identificou 21.000 redes cibernéticas suspeitas ligadas a perdas financeiras superiores a 40 milhões de dólares (cerca de 40 milhões de euros), apontou.

"No passado mês de Maio, a Operação Chacal bloqueou mais de 200 contas bancárias ligadas aos lucros provenientes de crimes financeiros 'online' conduzidos por chefes de redes criminosas da África Ocidental que foram presos", sublinhou o responsável, indicando que as 54 unidades centrais nacionais da Interpol em África apoiaram várias operações bem-sucedidas.

Recentemente, acrescentou, a operação conjunta FLASH-WEKA (Interpol e Afripol), direccionada para o combate ao tráfico de seres humanos, levou a mais de 1000 detenções e à identificação de mais de 2700 migrantes e cerca de 820 vítimas de tráfico de seres humanos.

Naser Al-Raisi afirmou que Angola é um membro relevante desde 1982, apoiando a luta global contra os grupos criminosos na África do Sul e, em parceria com outros países, tem ajudado a proteger a região contra o tráfico de drogas, de armas, de pedras preciosas e de pessoas.

O presidente da Interpol considerou que o centenário da organização é uma oportunidade para olhar para os próximos 100 anos, realçando a importação dos 54 países da região africana que representam mais de 1,3 mil milhões de pessoas.

"Os nossos debates visam reforçar a segurança dos africanos e do continente", adiantou, reforçando que África "é o futuro" e não deve ser sobrestimada.

Salientou, por outro lado, que África tem feito grandes progressos no combate ao crime, exortando as autoridades a exploraram ao máximo as bases de dados e serviços policiais da Interpol, bem como os seus recursos e presença global.

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