"Acho que o momento (de cooperação com Angola) é extremamente interessante, acho que as relações são muito boas", afirmou o responsável à Lusa, no lançamento da sétima edição do fórum "África Energy Market Place (AEMP)", que tem lugar na Quinta-feira em Luanda.
De acordo com Pietro Toigo, a instituição bancária "aprecia as ações, esforços e desafios" em curso, em Angola, de transição do seu modelo social e económico, "que está a ser acelerado de forma bastante significativa" depois de 2017.
"Também temos que dar crédito às várias reformas que foram implementadas, no sistema económico, inclusive algumas reformas um pouco dolorosas como a remoção parcial dos subsídios aos combustíveis, e as medidas de combate à corrupção", apontou.
Destacou também as reformas no sistema fiscal, orçamental e os Programas de Reconversão da Economia Informal (PREI) e de Apoio à Produção, Diversificação das Exportações e Substituição das Importações (PROSDEI).
"São reformas extremamente complexas, temos de dar bastante crédito ao que foi feito até agora e também temos de perceber que o país passou por uma crise externa, sobretudo com a covid-19, mas o país cumpriu com as suas obrigações internacionais. Estamos a olhar para o futuro com muito interesse", declarou.
AEMP é uma plataforma de investimento colaborativo criado pelo BAD como parte do Novo Acordo sobre Energia para África, cuja sétima edição se realiza em Angola em parceria com o Ministério da Energia e Águas.
Angola é membros do BAD desde 1977 e a primeira operação foi aprovada em 1982, sendo que a relação entre ambos se aprofundou muito na última década, conforme realçou Pietro Toigo.
