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Actual legislatura conta com a maior presença feminina de sempre

A quinta legislatura congrega a maior presença feminina de sempre. Do total de 220 assentos parlamentares, 83 pertencem a mulheres.

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De acordo com um comunicado da Assembleia Nacional, a que o VerAngola teve acesso, a actual legislatura "marca uma nova era na política do país", pois conta "com a maior presença feminina de sempre, com 83 deputadas, o que representa 37,7 por cento no total de 220 deputados".

"Liderado, pela primeira vez, por uma mulher, o Parlamento angolano tem actualmente uma das maiores representatividades de género do continente africano", lê-se na nota.

Além da questão do género, regista-se igualmente um "rejuvenescimento da classe política", uma vez que a média de idades dos deputados eleitos se situa nos 53 anos.

"A média de idades dos deputados eleitos nesta legislatura é de 53 anos, o que representa também um rejuvenescimento da classe política, que se traduz num importante e recomendável equilíbrio geracional e de género", refere a nota.

Relativamente a acções que perspectivam para os próximos cinco anos, as deputadas salientaram o domínio social como prioridade, com foco na violência doméstica: "O sector social é visto pelas parlamentares como prioritário. Anseiam especialmente pela abordagem durante a presente legislatura da problemática da violência doméstica, com o fito de se agravar a moldura penal da Lei Contra a Violência Doméstica", lê-se na nota.

Citada no comunicado, Arlete Chimbinda, vice-Presidente da UNITA e deputada à Assembleia Nacional, disse acreditar que com "uma liderança feminina" o parlamento vai "imprimir outra dinâmica" no que concerne a matérias ligadas à vida social dos cidadãos e, em particular, das famílias mais vulneráveis.

Por sua vez, Joana Tomás, secretária-geral da Organização da Mulher Angola e igualmente deputada à Assembleia Nacional, referiu que as mulheres parlamentares vão estar "engajadas na produção de legislação que proteja as mulheres e desencoraje o crime contra as pessoas desprotegidas".

Já Florbela Malaquias, líder do partido Humanista, afirmou o interesse do seu partido "em continuar a trabalhar na afirmação da mulher", apontando a pobreza e a falta de políticas robustas de empoderamento da mulher como o fundamento do aumento dos níveis de violência doméstica no país.

"Não pudemos pensar que vamos acabar com a violência se não acabarmos com a pobreza", sublinhou, citada na nota.

Aproveitou ainda para realçar o relevante papel que a mulher parlamentar pode assumir na concepção de políticas direccionadas para a defesa da criança.

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