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Professores universitários mantêm greve mais uma semana

O Sindicato Nacional de Professores do Ensino Superior (Sinpes) vai manter a greve iniciada na Segunda-feira até à próxima Quarta-feira, quando decide se a paralisação continua ou é suspensa, anunciou esta Quarta-feira o secretário-geral da organização.

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Em declarações à agência Lusa, Eduardo Peres disse que o sindicato e a entidade patronal chegaram a um entendimento parcial, alcançando acordo em dois dos quatro pontos do caderno reivindicativo.

Segundo o sindicalista, dois dos quatro pontos fracturantes encontraram respostas na proposta do Orçamento Geral do Estado (OGE) para 2023, nomeadamente fundos para investigação científica e formação contínua.

"No que tange aos outros dois, como salários condignos e seguro de saúde, está ainda pendente, ficaram de ser apresentados ao titular do poder executivo", referiu o secretário-geral do Sinpes.

O sindicalista realçou que a proposta do OGE 2023 será aprovada em Novembro e entra em execução no dia 1 de Janeiro. Nesse sentido, foi agendada uma ronda negocial na primeira quinzena do mês de Fevereiro.

"Para todos os efeitos, o sindicato realizará a sua assembleia-geral deliberativa até Quarta-feira da próxima semana, mas esta convocação dependerá das actas a serem assinadas amanhã [Quinta-feira] no Ministério do Ensino Superior", frisou.

Até lá, reforçou Eduardo Peres, mantém-se a greve, cuja suspensão "é um acto soberano da assembleia".

Esta é a quarta paralisação dos professores do ensino superior, que apresentaram ao Ministério do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação um caderno reivindicativo de oito pontos, visando a melhoria do ensino superior no país.

A última paralisação dos professores universitários decorreu entre Janeiro e Maio passado, entretanto suspensa depois de acatado o pedido dos bispos católicos angolanos, que reconhecem serem justas as reivindicações.

O Governo propôs em Março um aumento salarial de 6 por cento para os professores, mas a proposta foi rejeitada em assembleia-geral pelos docentes, que reclamam 2,6 milhões de kwanzas para o professor catedrático e 1,5 milhões de kwanzas para o professor assistente estagiário.

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