José de Lima Massano falava no final de uma maratona de três fóruns, em que esteve reunido com o Citigroup, Standard Chartered Bank e Banco Barclays. O responsável afirmou que Angola atravessa uma fase positiva, tendo em conta a recuperação do crescimento económico, a redução da inflação e a estabilidade do mercado cambial.
"Mas ainda assim estamos num contexto de grandes desafios e de preocupações que se prendem com o contexto internacional", alertou, citado pela Angop.
Segundo o governador do Banco Nacional de Angola (BNA) – tendo em conta a interacção com investidores e organizações nos EUA – a grande preocupação a nível global passa pela subida generalizada de preços e taxas de juro, bem como a perspectiva de crescimento mais lento da economia mundial, o que deverá impactar também a economia angolana.
"O petróleo, maior produto de exportação de Angola, será afectado na eventualidade de um abrandamento económico", afirmou o responsável pelo banco central.
Lima Massano destacou ainda a necessidade de o Executivo continuar o trabalho na estabilização macro-económica, reforçando a todo o custo o crescimento da economia de forma sustentada. Referiu ainda, citado pela mesma fonte, que é necessária firmeza nas reformas para existir uma melhoria do ambiente de negócios. "Não é permitido abrandar, porque o futuro é de incerteza para os países desenvolvidos e subdesenvolvidos", afirmou.
Como fundamental, considerou que Angola deverá reduzir as importações de bens alimentares, campo que tem vindo a progredir, muito devido ao aumento da produção interna. Avançou que até 2017, Angola importava cerca de 250 milhões de dólares/mês de bens alimentares, tendo esse valor reduzido para os 200 milhões registados actualmente.
O governador ratificou que o país deve utilizar as potencialidades e meios que tem disponíveis, de forma a acelerar programas e a dar sustentabilidade ao desenvolvimento económico e ao bem-estar