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Angola com inflação “muito abaixo” dos 18 por cento até fim do ano, diz vice-governador do BNA

O vice-governador do Banco Nacional de Angola (BNA) disse esta Segunda-feira que o país deverá chegar ao final do ano com uma inflação "muito abaixo" da meta de 18 por cento, abaixo dos 25 por cento registados no ano passado.

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"Em Agosto estávamos com 19,8 por cento de inflação e a previsão é chegar aos 18 por cento, mas devemos terminar o ano muito abaixo dos 18 por cento", disse Tiago Dias na sua intervenção no 32.º Encontro de Lisboa, que junta os bancos centrais dos países de língua portuguesa.

O abrandamento da subida dos preços "foi a razão pela qual na última reunião a taxa de juro principal foi descida de 20 para 19,5 por cento, para sinalizar o alinhamento do BNA com os bons sinais do sector externo", acrescentou o vice-governador.

Apontando a inflação como "o principal desafio da política monetária", Tiago Dias apontou que a descida da inflação é uma consequência das reformas que foram lançadas no sector monetário desde 2017, desde logo pela liberalização parcial da taxa de câmbio, que permitiu ao kwanza, depois de anos de desvalorização, estar agora mais estável, tendo anulado no ano passado parte das perdas registadas desde 2018.

"A pandemia de covid-19 apanhou-nos num período crítico, mas foi muito bom termos adoptado as políticas que adoptámos", apontou, exemplificando com o número de entidades financeiras que perderam o direito de operar.

"Tivemos de retirar a licença a 35 operadores financeiros, dos quais cinco eram bancos comerciais", disse Tiago Dias durante a sua intervenção.

Nas restantes intervenções, os governadores dos bancos centrais de Cabo Verde, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe, Moçambique e Timor-Leste, para além de um representante do Banco Central dos Estados da África Ocidental, trespassou a ideia dos desafios destes países lusófonos, que em comum têm o facto de estar expostos às alterações climáticas.

"Um dos maiores desafios que os bancos centrais enfrentam é as alterações climáticas, que num país insular como Cabo Verde, que tem 30 por cento do PIB assente no turismo, representa um enorme desafio", sintetizou o governador do banco central de Cabo Verde, Óscar Santos.

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