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Angola cresceu 3,2 por cento na primeira metade do ano apoiada no sector diamantífero

O Produto Interno Bruto (PIB) de Angola cresceu 3,6 por cento no segundo trimestre em relação ao período homólogo de 2021, e acelerou 0,5 por cento face ao crescimento registado no primeiro trimestre deste ano. De acordo com os dados oficiais do Instituto Nacional de Estatística, o país regista um crescimento acumulado de 3,2 por cento no primeiro semestre deste ano.

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Face aos números do mesmo período do ano passado, o sector diamantífero representa a indústria com maior crescimento, crescendo mais de 40 por cento: "O Valor Acrescentado Bruto do Diamante teve um crescimento de 40,3 por cento no segundo trimestre de 2022 em relação ao trimestre homólogo, contribuindo positivamente em 0,79 pontos percentuais, na variação total do PIB", lê-se na nota divulgada em Luanda.

"A incorporação de quilates provenientes da produção semi-industrial e o aumento da produção das diversas concessões, devido as condições climáticas favoráveis, justificam o crescimento exponencial no período em referência", acrescenta-se no texto.

Em sentido inverso, o sector da Intermediação Financeira e de Seguros regista a maior quebra, com uma redução de 38,8 por cento na atividade: "O Valor Acrescentado Bruto da Intermediação Financeira e Seguros teve uma retração na ordem dos 38,8 por cento, no segundo trimestre de 2022 em relação ao trimestre homólogo, contribuindo negativamente em 0,79 pontos percentuais, na variação total do PIB", de acordo com a nota, que explica que "a variação desta actividade de intermediação financeira deveu-se pela queda dos rendimentos dos bancos comerciais, visto que tem maior peso dentro do segmento da actividade".

Na nota de imprensa sobre a Folha Rápida das Contas Nacionais Trimestrais, o INE dá ainda conta de um crescimento de 3,2 por cento nos primeiros seis meses, notando um crescimento de 3,2 por cento face ao primeiro semestre do ano passado.

Esta variação positiva é atribuída fundamentalmente às actividades de Agropecuária e Silvicultura 3,3 por cento; Extração de Petróleo e Rufino 2,2 por cento; Industria Transformadora 2,6 por cento; Electricidade e Água 2,4 por cento; Construção 6,0 por cento; Transporte e Armazenagem 32,0 por cento; Administração Pública 5,6 por cento e Serviços Imobiliário e Aluguer 2,9 por cento e Outros Serviços 3,8por cento ", aponta-se no texto.

O ministro de Estado para a Coordenação Económica, Manuel Nunes Júnior, considerou na semana passada que o país entrou para uma trajectória de crescimento em 2021 com um crescimento de 0,7 por cento, após cinco anos consecutivos de recessão económica, num processo impulsionado pelo setor não petrolífero, que registou crescimento de 6,4 por cento contra um crescimento do sector petrolífero de menos 11,6 por cento.

Falando na cerimónia de encerramento da sessão de admissão à negociação das acções do Banco Caixa Geral Angola (BCGA) no mercado de bolsa, o governante disse ainda que as perspectivas económicas de crescimento para 2022 são boas: "Vamos manter-nos num ambiente de crescimento económico sustentado e inclusivo", garantiu.

"Prevemos um crescimento global de 2,7 por cento suportado por um crescimento do sector não petrolífero de 3,2 por cento do setor petrolífero, incluindo o gás, de 2,1 por cento, rematou Manuel Nunes Júnior.

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