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BNA reduz taxa de juro de referência para 19,5 por cento

O banco central de Angola decidiu reduzir a taxa de juro de referência, de 20 para 19,5 por cento, argumentando com o abrandamento da inflação e a valorização da moeda nacional, o kwanza.

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"Considerando a consistência do abrandamento da evolução de preços na economia nacional, particularmente desde o início do ano em curso, como resultado do contínuo e rigoroso controlo da liquidez, da apreciação do kwanza em relação às principais moedas utilizadas nas transações com o exterior e do aumento da oferta de bens essenciais de amplo consumo, o Banco Nacional de Angola [BNA] entende estarem reunidas condições para a redução da taxa de juro directora", anunciou o regulador financeiro, no final da reunião do comité de política monetária.

Na reunião, os banqueiros decidiram "reduzir a Taxa Básica de Juro de 20 para 19,5 por cento, reduzir a taxa de juro da Facilidade Permanente de Cedência de Liquidez de 23 para 21 por cento manter inalterada a taxa de Juro da Facilidade Permanente de Absorção de Liquidez em 15 por cento".

Além do ambiente económico em Angola, a decisão também teve em conta "o contexto externo e riscos inerentes, dada a exposição da economia ao sector petrolífero e ao peso dos bens alimentares importados no cabaz de oferta ao mercado interno", lê-se ainda no comunicado divulgado.

Até Agosto, o saldo das trocas comerciais com o estrangeiro foi muito positivo, acrescenta o regulador financeiro: "A conta de bens registou um saldo superavitário de 23,3 mil milhões de dólares norte-americanos em termos acumulados até Agosto de 2022, um aumento de 78,5 por cento comparativamente a igual período de 2021, este desempenho positivo reflecte o aumento do valor das exportações em 67,8 por cento que excedeu o crescimento de 49,2 por cento observado nas importações".

Para este valor da subida das receitas com as exportações contribuiu decisivamente o preço elevado do petróleo, não só face aos custos de produção, mas também face ao orçamentado no final do ano passado para 2022 e em comparação com o preço do petróleo em comparação com o ano passado.

"No sector real, os dados sobre o emprego e o clima de confiança dos gestores e empresários, divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), referentes ao segundo trimestre de 2022, evidenciam a consolidação do crescimento da actividade económica", disse o Banco Nacional de Angola.

O regulador apontou que "o desemprego reduziu pelo terceiro trimestre consecutivo, atingindo uma taxa de 30,2 por cento, abaixo da registada no mesmo período do ano transacto que foi de 31,6 por cento, ao passo que a confiança dos gestores e empresários do setor não financeiro relativamente à evolução da economia nacional no curto prazo se mostrou optimista".

Em Agosto, referiu o BNA, a inflação continuou a desacelerar, chegando a 19,8 por cento, abaixo dos 21,4 por cento do mês anterior e baixando ainda mais face ao período homólogo, quando registava 26,1 por cento.

"O Comité de Política Monetária mantém a perspectiva de a taxa de inflação no final do ano em curso situar-se abaixo da previsão inicial de 18 por cento, caminhando para o objetivo de um dígito no médio prazo", concluiu.

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