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PR inaugura duas unidades hospitalares e deixa recado: “Não basta construir, precisamos de mantê-las”

A cidade de Saurimo, na Lunda Sul, ganhou dois novos hospitais: o Hospital Geral e a Maternidade Provincial da Lunda Sul. As unidades hospitalares foram inauguradas no Sábado passado pelo Presidente da República, João Lourenço.

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Já depois de ter cortado a fita, o Presidente realizou uma visita aos edifícios. Na cerimónia, o Chefe de Estado deixou a garantia de que há dinheiro para sustentar o funcionamento das duas unidades.

"Não basta construir, precisamos de mantê-las e para mantê-las é preciso que haja orçamento e nós vamos cuidar disso. Não vamos deixar cair", afirmou, citado pela Angop.

A garantia não é apenas para estas duas unidades, mas sim para todas as unidades "que temos vindo a inaugurar ultimamente no país", frisou João Lourenço.

"Isto foi feito para servir as populações. Nós queremos cidadãos saudáveis, porque só com cidadãos saudáveis podemos pensar no desenvolvimento económico e social do nosso país", acrescentou.

João Lourenço considerou que estes hospitais são uma vantagem para a Lunda Sul, mas também vão poder ajudar a servir a população de outras zonas do país, como as províncias do Moxico e Lunda Norte.

Pediu ainda para que os profissionais de saúde e a população façam o "melhor possível" para cuidar dos edifícios recentemente inaugurados.

João Lourenço aproveitou a ocasião para falar da situação global da província. Tal como no resto do país, os problemas estão a ser resolvidos de forma gradual, disse, reconhecendo que ainda há muito trabalho a fazer. "Vamos continuar a trabalhar e a lutar de forma incessante, no sentido de procuramos minorar, cada vez mais, as dificuldades, por que o povo angolano passa", afirmou.

As duas unidades foram construídas com um financiamento da China, tendo o investimento total dos dois hospitais sido de 68 milhões de dólares (34 milhões de dólares em cada unidade hospitalar).

Localizados nos bairros de Candembe e Txizainga II, cada hospital tem uma capacidade para 150 camas. Os dois são compostos por vários serviços de medicina e por blocos operatórios que permitem realizar três cirurgias ao mesmo tempo, refere a Angop.

No Hospital Geral da Lunda Sul vão trabalhar um total de 479 profissionais de saúde (médicos, enfermeiros, terapeutas, entre outros). Nesta unidade a população terá ao seu dispor serviços de medicina geral, cirurgia, pediatria, ginecologia, obstetrícia, ortopedia, fisioterapia, oftalmologia, entre outros.

O hospital é ainda composto por cinco unidades de cuidados intensivos, seis salas de urgência, morgue, sala de conferências, três laboratórios, três blocos operatórios e um parque de estacionamento.

Já a maternidade é composta por serviços de cuidados intensivos, urgência, neonatologia, bloco operatório, banco de sangue e morgue. Quanto à obstetrícia e ginecologia, a maternidade contará com algumas novidades: serviços de hemoterapia, mamografia, ultra-sonografia, ecografia, Raio-X, cardiologia e neonatologia - que será composta por 10 berçários, 12 incubadores e seis berços de aquecimento.

A maternidade vai contar com a colaboração de 350 profissionais de saúde.

As obras das unidades tiveram início em 2012, mas foram interrompidas durante três anos, tendo sido retomadas em 2018.

A par dos hospitais, o Ministério da Saúde decidiu também construir uma fábrica de oxigénio, que fica na maternidade, para assegurar o bom funcionamento das unidades.

João Lourenço visita outras infra-estruturas na Lunda Sul

Na sua visita à província, o Presidente decidiu ainda visitar as obras do pólo de desenvolvimento diamantífero.

"Pela sua importância e impacto que terá na província e pelo número de postos de trabalho que vai criar, entendi que, mesmo não concluído, eu deveria visitar nesta fase", justificou o chefe de Estado.

Deixou ainda a promessa de que dentro de cerca de sete meses voltaria a visitar a província para inaugurar o referido pólo.

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