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Covid-19: falta de testes condiciona cobertura do reinício do ano parlamentar

A falta de testes para despistar a covid-19 vai condicionar a cobertura do ano parlamentar na Assembleia Nacional, deixando fora do plenário vários órgãos de comunicação social.

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A testagem dos profissionais da comunicação social, para poderem cobrir a sessão solene de abertura da 4.ª sessão legislativa da 4.ª legislatura, que será marcada pelo discurso do Presidente, João Lourenço, sobre o estado da Nação, esteve inicialmente agendada para Segunda-feira, foi adiada para esta Terça-feira, e novamente cancelada "por razões de ordem técnica".

Já ao final da tarde desta Terça-feira, o Gabinete de Comunicação e Imagem (GCI) do parlamento indicou que "devido à exiguidade de testes, foram priorizados os profissionais de comunicação que terão acesso ao plenário", nomeadamente os meios públicos.

Segundo o GCI, os jornalistas que não tiveram possibilidade de ser testados terão acesso à sala de imprensa e à área exterior do parlamento.

Contactada pela Lusa, uma fonte do GCI revelou que foram pedidos entre 60 a 70 testes, mas apenas foram recebidos cerca de dez.

Os jornalistas têm sido obrigados a fazer testes serológicos para cobrir actividades onde estejam presentes o Presidente da República, membros do Governo e do partido do poder, o MPLA, tendo sido também imposta esta condição para cobrir o início da 4.ª sessão legislativa da 4.ª legislatura.

A falta de testes em Luanda já levou ao cancelamento de um voo da TAAG que faria a ligação entre Luanda e Cabinda, na Segunda-feira.

Em declarações à agência Lusa, o porta-voz da companhia aérea, Carlos Vicente, disse que o voo estava programado para Segunda-feira, mas não foi realizado por falta de testes.

Questionado se outros voos foram cancelados pela mesma razão, Carlos Vicente disse que "por enquanto foi só com o voo de Cabinda".

O responsável referiu que os testes para os voos domésticos estavam a ser realizados no aeroporto, mas "havendo ausência dos testes logicamente que a TAAG não vai efectuar os voos".

De acordo com o último diploma que actualizou as medidas excepcionais e temporárias durante a situação de calamidade pública, em vigor até 7 de Novembro, os passageiros terão de apresentar um teste pré-embarque de covid-19 com resultado negativo.

Para embarque nos voos internacionais de e para Angola é obrigatória a apresentação de teste RT-PCR com resultado negativo, efectuado nas 72 horas anteriores a viagem, enquanto nos voos domésticos é exigida a apresentação de teste serológico.

A agência Lusa questionou o Ministério da Saúde sobre a escassez de testes, que remeteu os esclarecimentos para o secretário de Estado para a Saúde Pública, Franco Mufinda, sem resposta até ao momento.

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