Ver Angola

Economia

Estado perdeu 89 mil milhões de kwanzas com adiamento da aplicação do IVA

O adiamento da entrada em vigor do IVA, que começou a ser aplicado na Terça-feira, representou uma perda de receita fiscal de 89 mil milhões de kwanzas (cerca de 233 milhões de dólares), e vai obrigar a cortar na despesa.

:

As contas foram apresentadas em Luanda pela secretária de Estado do Tesouro, Vera Daves, durante uma conferência de imprensa destinada a esclarecer dúvidas relativas ao Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA), que entrou em vigor a 1 de Outubro, em substituição do Imposto de Consumo.

Inicialmente, o Governo previa arrecadar cerca de 249 mil milhões de kwanzas (cerca de 652 milhões de dólares) com a aplicação do novo imposto, que deveria ter entrado em vigor a 1 de Julho, mas com o adiamento para Outubro só deverão entrar nos cofres do estado, cerca de 160 mil milhões de kwanzas, indicou a secretária de Estado.

Vera Daves assinalou que o Governo teria duas opções para cobrir este diferencial: “endividarmo-nos mais - e sabemos como o estado angolano está ao nível do endividamento publico” ou a não realização de despesa correspondente a este valor, mesmo estando inscrita no Orçamento Geral do Estado.

“Procurámos a todo o custo assegurar que não agravamos os défices orçamentais, de modo que, sim, provavelmente é despesa que não vai ser concretizada”, disse Vera Daves aos jornalistas sem indicar que áreas irão sofrer os cortes.

Na programação governamental inicial, o IVA que prevê uma taxa única de 14 por cento para importações de bens e grandes contribuintes com proveitos superiores a 15 milhões de kwanzas, empresas públicas de grande dimensão e bancos, deveria ter vigorado partir de 1 de Julho deste ano. 

A aplicação foi adiada na sequência de um acordo entre Governo e o Grupo Técnico Empresarial (GTE), face à contestação de vários sectores económicos do país quanto à introdução do novo imposto em Julho.

Permita anúncios no nosso site

×

Parece que está a utilizar um bloqueador de anúncios
Utilizamos a publicidade para podermos oferecer-lhe notícias diariamente.