"O acesso à água e à energia ainda estão aquém do expectável, tanto é assim que o executivo se compromete muito seriamente em proporcionar investimentos que possam resultar numa drástica redução do défice no domínio da água e energia", disse à Lusa, Lucrécio Costa, secretário de Estado das Águas.
Segundo o governante, cerca de mil milhões de dólares do cofinanciamento do Banco Mundial (BM), Banco Europeu de Investimentos, Caixa Francesa de Desenvolvimento e do Banco Africano de Desenvolvimento (BDA) é o valor global dos investimentos em curso no sector das águas.
"São investimentos que uns estão para iniciar e outros iniciaram, recentemente, e que lá em 2022 ou 2023 terão o seu efeito e a perspectiva não é apenas edificar infra-estruturas, mas também modelos de gestão sustentáveis que parecem ser o maior desafio", frisou.
Para Lucrécio Costa, que falava à margem do primeiro dia do terceiro Congresso Internacional da Ordem dos Engenheiros de Angola, as metas do Plano de Desenvolvimento Nacional (PDN-2018-2022) serão cumpridas "se os actuais investimentos forem duplicados".
Na abertura do encontro, que decorre na capital, até Quinta-feira, o governante apresentou o Plano de Desenvolvimento para a Energia e Águas em Angola e o papel deste ‘cluster’ na diversificação da economia.
O secretário de Estado considerou o momento oportuno para apresentar “uma informação honesta e clara até onde vão os investimentos em curso”, ou seja, os investimentos não são os que desejavam, mas "são os possíveis".
"E uma vez concluídos deverão proporcionar infra-estruturas que nos garantirão melhorar esses níveis de acesso para aqueles patamares dos 80 por cento de disponibilidade de água formal nos meios urbanos e assegurarmos os 60 a 80 por cento de disponibilidade de água condicionada no meio rural", explicou.
Em relação ao grau de concretização dos investimentos em curso pelo país, o governante referiu que são diversificados e, em relação aos prazos e execução, assegurou: “Esmagadoramente estamos em condição favorável".
O secretário de Estado anunciou para os próximos dias a inauguração de novos sistemas de abastecimento de água nas províncias do Zaire e Bié e a conclusão e respetiva fase de testes dos sistemas de abastecimento do Lucapa, província da Lunda Sul, e Huambo.
"Depois há um conjunto de localidades de menor dimensão como a Jamba, na província da Huíla, Nharea, província do Bié, Moringa, Kiwaba-Nzoji, em Malanje, num conjunto de 15 sedes municipais que até Dezembro terão os sistemas de abastecimento concluídos", garantiu Lucrécio Costa.