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Kwanza valoriza-se pela primeira vez este ano frente ao euro

A moeda angolana valorizou-se pela primeira vez este ano frente à moeda europeia, depois de ter ultrapassado a barreira dos 350 kwanzas/euro, situando-se nos 349,609 kwanzas/euro, depreciando-se face ao dólar.

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Segundo comunicado do banco central de Angola, a taxa de câmbio foi apurada ontem, dia 24 de Outubro, depois da 59.ª sessão de venda de divisas em leilão aos bancos comerciais, em que disponibilizou e colocou na totalidade 30 milhões de euros, divididos por 14 bancos comerciais, tal como aconteceu na sessão anterior.

Depois de, na sessão anterior, realizada na passada Segunda-feira, ter atingido os 350,019 kwanzas/euro, a moeda angolana recuperou ligeiramente face à europeia, mas mantém uma depreciação de 46,96 por cento frente ao euro que, no início do ano, se situava nos 185 kwanzas/euro.

No início deste mês, o Banco Nacional de Angola (BNA) anunciou que, em Outubro, vai colocar no mercado primário 650 milhões de dólares em divisas distribuídas por 14 sessões, tendo, desde o dia 1, disponibilizado 630 milhões de euros, colocando no mercado primário 497,067 milhões de euros (78,89 por cento).

Segundo o banco central, o montante é colocado por via de leilões de preços, na venda de divisas, e da quantidade, no caso dos "plafonds" para cartas de crédito.

Após a 11.ª sessão de Outubro, as restantes três vão ocorrer nos dias 26, 29 e 31.

Em Setembro, o BNA anunciou que, a partir de 1 de Outubro, deixaria de proceder à venda directa de divisas, pelo que as solicitações de compra de moeda estrangeira voltaram a ser unicamente apresentadas aos bancos comerciais autorizados.

Na ocasião, o BNA referiu ter, no âmbito da normalização do funcionamento do mercado cambial, retomado a venda de moeda estrangeira nos leilões de divisas sem indicação específica das operações ou importadores para os quais os fundos devem ser vendidos pelos bancos comerciais.

Segundo o BNA, o sistema ajustado de vendas directas permitiu que o banco central tivesse um entendimento mais preciso da metodologia necessária para a protecção das reservas internacionais e emitisse regulamentação e orientações aos bancos comerciais adaptados a esse objectivo.

Com esse sistema, o BNA assegurou ainda a alocação imparcial das divisas no pagamento dos atrasados e a atenuação das percepções negativas dos clientes sobre os critérios de selecção dos beneficiários aplicados pelos bancos comerciais.

O BNA entende agora que, após o período de maior intervenção, com o mercado cambial actualmente mais bem regulamentado e com maior regularidade na oferta de moeda estrangeira, estavam criadas as condições para que sejam novamente os bancos comerciais a realizarem a alocação de moeda estrangeira aos seus clientes.

No exercício das suas responsabilidades de supervisor e de autoridade cambial, o BNA comprometeu-se a trabalhar junto das instituições financeiras, para que esta transição seja bem-sucedida e ocorra sem quaisquer impactos negativos na actividade económica do país.

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