A preocupação foi manifestada por José Kandungo, administrador do parque, classificado desde 1964, que acusa os caçadores furtivos de realizarem queimadas para encurralar os animais e facilitar a sua actividade.
José Kandungo, citado pela Angop, referiu que a entrada de caçadores furtivos no parque está facilitada devido à vulnerabilidade da zona norte, área pela qual também saem os animais de pequeno porte, como bambis e javalis, à procura de alimentos em lavras existentes junto ao local.
Segundo o responsável, os animais são geralmente abatidos quando se dirigem para as lavras.
O administrador do parque denunciou igualmente a existência de muitas armas de guerra em posse da população, utilizadas para a caça furtiva, preocupação que já dividiu com as comunidades, autoridades tradicionais e a polícia.
O Parque Nacional do Bicuar, com uma extensão de 7900 quilómetros quadrados, é habitado por leopardos, leões, gazelas, hipopótamos, cabra de leque, zebras, gnus, hienas e variadíssimas espécies de aves e lagartos, sendo o mamífero de maior relevância o búfalo negro.