O Instituto Nacional de Estatísticas de Angola ainda não divulgou os dados relativamente ao último trimestre do ano passado, mas de acordo com o Boletim do Produto Interno Bruto Trimestral, no primeiro trimestre do ano passado, a economia de Angola registou, sempre face ao período homólogo, um crescimento de menos 1,9 por cento, a que se somou uma nova contracção de 7,8 por cento e, finalmente, um recuo de 4,3 por cento na riqueza produzida no país no terceiro trimestre, o que dá uma média de 4,7 por cento nesses nove meses.
No documento divulgado Terça-feira, o FMI diz que "o crescimento para 2017 foi revisto em alta, de 1,3 por cento em Abril, para 1,5 por cento agora, porque uma revisão à produção petrolífera em 2016 aumentou a magnitude da recuperação esperada".
O FMI, de resto, diz que a perspectiva de evolução económica para os países importadores de petróleo "é, de uma forma geral, melhor [do que nas previsões de Abril], com uma taxa de crescimento agregada de 3,9 por cento em 2017, aumentando para 4,4 por cento em 2018".
Sobre a inflação, o último aspecto a que os técnicos do FMI se referem no que diz respeito a Angola, a previsão é que a subida dos preços "se mantenha elevada, com uma taxa de dois dígitos, reflectindo os persistentes efeitos dos choques inflacionários do passado que resultam das fortes depreciações da moeda, bem como o aumento dos preços da electricidade e dos combustíveis".
Assim, os preços deverão aumentar 30,9 por cento este ano, descendo para 20,6 por cento em 2018, depois de em 2016 os preços terem subido 32,4 por cento, segundo o FMI.
