Não se trata, contudo, de uma estreia: Angola já integrou o Conselho de Direitos Humanos (CDH) entre 2007 e 2010 e fez também parte do órgão que o antecedeu, a Comissão de Direitos Humanos.
Desta vez, obteve 187 em 193 votos (o número total de Estados membros da Assembleia-Geral da ONU), tendo a Nigéria (185 votos), o Senegal (188 votos) e a República Democrática do Congo (151 votos) sido eleitos para os outros três lugares reservados ao continente africano, sendo a maioria exigida de 97 votos.
Ao todo, a Assembleia-Geral da ONU preencheu 15 lugares do CDH, que tem um total de 47 membros e sede em Genebra.
Esses lugares, para os quais os países foram eleitos por três anos, a partir de Janeiro de 2018, estão geograficamente distribuídos da seguinte forma: quatro para África, quatro para a Ásia-Pacífico, dois para a Europa Oriental, três para a América Latina e dois para outros Estados.
Além dos quatro países africanos, os outros membros da Assembleia-Geral hoje eleitos foram: Afeganistão, Austrália, Chile, Eslováquia, Espanha, México, Nepal, Paquistão, Peru, Qatar e Ucrânia.
A eleição da República Democrática do Congo (RDCongo) para o órgão da ONU, suscitou forte oposição dos Estados Unidos e de organizações não-governamentais (ONG) que criticam os números do país nessa matéria. “É um insulto às muitas vítimas de abusos cometidos pelo Governo congolês
No ano passado, a eleição da Arábia Saudita e da China para o CDH, apesar das provas de violações dos direitos humanos, suscitou igualmente fortes críticas.