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Ambiente

Angola quer identificar zonas do país com excesso de exposição ao mercúrio

Angola procura identificar as zonas com excesso de mercúrio e pessoas com elevada exposição ao químico, de modo a ratificar a Convenção de Minamata sobre o Mercúrio.

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Para o efeito foi realizado durante dois dias, em Luanda, um seminário nacional sobre a referida convenção, que terminou Sexta-feira, no âmbito de um projecto do escritório regional para África do Programa das Nações Unidas para o Ambiente, para o Inventário Inicial de Mercúrio.

Em declarações à agência Lusa, Santos Virgílio, técnico do Ministério do Ambiente e coordenador do seminário disse que Angola assinou a convenção em 2013, tendo por despacho presidencial sido criada uma comissão para a criação de comissões para a sua ratificação.

“A grande dificuldade é que nós não sabemos onde é que existe o mercúrio, então é preciso fazermos o rastreio para saber onde existe mercúrio” e “se existem zonas afectadas e pessoas afectadas”, explicou.

Segundo Santos Virgílio, o projecto regional do Programa da ONU para o Ambiente prevê a realização do seminário, com vista a despertar a atenção da opinião pública e criar condições para o inventário.

"O inventário é feito com base numa ferramenta que foi desenvolvida, para a introdução da informação sobre a indústria, importação e produção de resíduos sólidos, que nos vai dar a estimativa do que existe em termos do mercúrio no país", explicou.

Santos Virgílio disse que o passo seguinte é a realização de seminários nas restantes províncias do país, para promover a recolha de dados.

O projecto tem a duração de dois anos e já foi realizado em 11 países da região, estando a decorrer desde 2014 em Angola, Malaui e Zimbabué, com apoios do Fundo Global para o Ambiente.

O mercúrio tem um largo espectro de utilização em produtos, destacando-se os aparelhos eléctricos e electrónicos, equipamentos de medição, nomeadamente termómetros, pirómetros, barómetros e manómetros, aparelhos de medir tensão arterial, lâmpadas fluorescentes, baterias e amálgamas dentárias.

Em pequenas quantidades, é igualmente usado na produção de cosméticos, produtos farmacêuticos, tintas e joalharia.

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