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Vestígios de manchas de óleo avistados em praia da Ilha de Luanda

Vestígios de manchas de óleo foram verificadas nas praias da Ilha de Luanda, num perímetro de distância de um quilómetro, e as autoridades suspeitam que tenha origem num despejo ilegal.

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A informação foi prestada Sexta-feira à agência Lusa pelo director nacional da fiscalização ambiental, do Ministério do Ambiente, Francisco dos Santos.

O responsável explicou que a denúncia feita por moradores daquele perímetro registou-se na Quarta-feira, mas o impacto da mancha de hidrocarbonetos começou a ter efeito na Quinta-feira.

Segundo Francisco dos Santos, foi accionada a brigada de combate à poluição marítima que, em conjunto com a administração local, constatou a existência de manchas oleosas na praia, provenientes do mar.

"A partir daí foram accionados outros mecanismos, que foram a comissão multissectorial para as questões marítimas, da qual integra a polícia fiscal marítima, que detém os meios para patrulhamento. Accionou-se esse órgão e fez-se algumas diligências fora da margem da costa, para verificar se havia algum avistamento de óleo na água", explicou.

Francisco do Santos frisou que não foi detectado nenhum avistamento no mar, mas "tendo em conta que o mar dilui alguns resíduos podia ser que com a correnteza tivessem já sido diluídos os resíduos, sendo uma probabilidade".

O responsável disse que foram contactados alguns moradores da zona do perímetro afectado, que deram indicadores de ter havido um despejo, por um camião de sucção, que ali fez o depósito de alguns resíduos no mar.

"Essa é uma probabilidade, que tenha sido essa a causa, temos isso como probabilidade porque os camiões de sucção quando fazem a recolha dos óleos das estações de serviço, se não houver um acompanhamento para o despejo nos sítios certos, pode ser que na calada da noite chegam ali e atirarem", disse.

Acrescentou que não está também descartada a possibilidade de ter sido um navio que tenha feito a limpeza dos seus tanques e entornado para o mar e com as correntezas ter vindo parar à praia.

O trabalho para a identificação das causas continua, segundo Francisco dos Santos, tendo já sido impedido o uso da praia por banhistas e se iniciado as acções para a limpeza daquele perímetro.

"Nós estamos a criar as condições, junto com a administração local, para iniciar a limpeza, mas é necessário que outros parceiros se juntem a nós para potenciar o trabalho", frisou, apelando às empresas cuja actividade se incide no mar, nomeadamente petrolíferas, empresas de transportação a apoiarem.

Francisco dos Santos realçou que se trata de uma mancha de óleo, cujo tipo de combustível ainda não foi determinado, que a terra cobriu e é preciso desenterrar-se para a remoção da mesma.

De acordo com o técnico, é necessário o reforço do sistema de controlo ao longo da costa, porque fruto deste caso foram observados vários resíduos sólidos, fundamentalmente materiais de construção, depositados nas praias.

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