A informação foi avançada por Bárbara Casamayor, da Direção Nacional de Fitossanidade do Ministério da Agricultura, que falava à imprensa à margem do seminário nacional de sensibilização dos actores do desenvolvimento do sector agrícola, sobre a Importância da Segurança Alimentar, no âmbito da celebração do Dia Mundial da Alimentação.
A responsável, que apresentou o tema "Influência das Pragas e Doenças Transfronteiriças na Produção Agro-pecuária", referiu que Angola tem registado as pragas de gafanhotos, de lagartas e pássaros, que atacam essencialmente os cereais, com vários danos, agravando custos e causando insegurança alimentar.
Actualmente, verifica-se a virose da banana e da mandioca, com grandes prejuízos a nível da produção, estando já em curso um plano de acção para mitigação do problema, frisou a técnica.
Na sua intervenção, o director do Fundo das Nações Unidas para Alimentação (FAO) em Angola, Mamadou Diallo, referiu que na zona sul do país os impactos climáticos estão a incidir sobre a produção agrícola e doenças animais, como a febre aftosa.
O representante indicou ainda que, a pedido dos governos locais das províncias do Namibe e do Bengo, foram realizados recentemente seminários de capacitação de diagnóstico e controlo do vírus do tomate e da banana, respectivamente.
Para as províncias de Cabinda e do Cuanza Sul estão em curso a preparação de seminários específicos sobre o diagnóstico e controlo da virose da mandioca e dos tubérculos, respectivamente.
Por sua vez, o ministro da Agricultura, Marcos Nhunga, disse no discurso de abertura do seminário que o Governo conta com a assistência técnica da FAO e apoio financeiro do Fundo para a África Austral nesse projecto, cuja execução continua a ser a aposta do sector agrícola.
As autoridades referem que são elevadas as perdas no sector provocadas por pragas e doenças, que têm causado problemas na segurança alimentar, mas não existem dados estatísticos fiáveis sobre os prejuízos, sobretudo a nível da agricultura familiar.