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Angola procura financiamento alternativo à suspensão de fundos do Brasil

O Governo está à procura de soluções alternativas de financiamento à suspensão dos fundos de uma linha de crédito do Brasil para obras no país, no âmbito da operação Lava Jato.

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A informação foi avançada Segunda-feira pelo ministro da Energia e Águas, João Baptista Borges, que reagia ao anúncio pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Económico e Social (BNDES) do Brasil de que estão suspensos, desde Maio, os financiamentos para 25 projectos de empresas investigadas na referida operação, entre eles em Angola e Moçambique.

O governante referiu que estão a ser registados alguns constrangimentos já há algum tempo, no que tem sido o financiamento da linha de crédito do Brasil, mais concretamente do BNDES.

"Mas entretanto, temos estado a encontrar soluções alternativas para financiar aquilo que é o essencial na execução dessas obras. Estamos convencidos, optimistas que conseguiremos cumprir os prazos que foram estabelecidos para a conclusão destas obras", disse o ministro.

Em causa estão obras no Polo Agroindustrial de Capanda, o aproveitamento hidroeléctrico de Laúca, o alteamento de Cambambe, e a segunda central da barragem de Cambambe, realizadas pela empreiteira brasileira Odebrecht, num total de 808,8 milhões de dólares ainda por desembolsar.

João Baptista Borges adiantou que o Ministério das Finanças tem estado a negociar com outros potenciais financiadores para encontrar recursos que permitam cobrir aqueles que deveriam vir da linha de crédito do Brasil e que até ao momento não foram confirmados.

O titular da pasta da Energia e Águas manifestou ainda esperança de que o assunto venha a ser resolvido: "Não está de forma nenhuma eliminada essa possibilidade".

Segundo o ministro, as obras decorrem a bom ritmo, não se registam até ao momento atrasos, o que não quer dizer que o Governo não está preocupado com o seu curso.

"A execução é satisfatória, estamos a falar do projecto do ciclo combinado do Soyo, de outros projectos ligados ao abastecimento de energia e água. É evidente que no caso de alguns projectos, que estavam a ser financiados com recurso ordinários do tesouro, há um abrandamento do ritmo de execução, mas aqueles projectos que estão a ser financiados por linhas de crédito o ritmo de execução é normal e não se registam, constrangimentos", disse.

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