Para a empreitada, cujo contrato foi aprovado por despacho presidencial deste mês, foi escolhida a empresa chinesa TBEA Co Limited, sendo a obra justificada no mesmo documento pela importância dos projectos nacionais para electrificação das sedes municipais e comunais do país.
Além disso, o despacho recorda a importância da central de ciclo combinado do Soyo (Zaire), com previsão de início de laboração em 2017 e que vai abastecer com energia eléctrica várias províncias do norte do país.
"Contribuirá para o desenvolvimento socioeconómico do país e para a melhoria das condições de vida dos residentes nos seus municípios e comunas", lê-se no documento, que contrata aquela empresa por 435,5 milhões de dólares.
Localizada no norte de Angola, a província do Zaire conta com cerca de 595 mil habitantes para uma área de 40.130 quilómetros quadrados.
Com um forte défice de produção de electricidade face às necessidades, o que leva a constantes constrangimentos no fornecimento, o nosso país enfrenta ainda a inexistência de redes para abastecer as zonas mais rurais e grande parte das cidades são abastecidas geradores a gasóleo ou gasolina.
O recenseamento da população realizado em 2014, cujos dados finais foram revelados no final de Março último, concluiu que o acesso à rede de electricidade é apenas garantido a 1,7 milhões de casas (31,9 por cento), quase exclusivamente em zonas urbanas, já que na área rural apenas 48.173 agregados familiares são servidos.
O estudo identifica que praticamente ao nível da rede eléctrica nacional (essencialmente nos grandes centros), as lanternas são a segunda principal fonte de iluminação. Servem mais de 1,752 milhões de famílias (31,6 por cento) em Angola. Seguem-se em alternativa os candeeiros (14,3 por cento) e os geradores (9,3 por cento).