O presidente da Associação de Taxistas de Luanda, Manuel Faustino, disse à agência Lusa que no encontro foram levantadas preocupações que são já do conhecimento das autoridades, nomeadamente a necessidade de aumento das tarifas - inalteradas apesar de sucessivos aumentos dos combustíveis, a indicação de paragens, a cobrança de multas arbitrárias pela polícia, bem como de "gasosas" (subornos).
Na manhã de hoje, vários taxistas paralisaram a sua actividade, originando aglomerações nas paragens de táxi, tendo alguns deles protagonizado cenas de vandalismo, com agressão e a quebra de vidros das viaturas de colegas que não aderiram ao protesto.
O porta-voz do comando provincial de Luanda da polícia angolana, inspector-chefe Mateus Rodrigues, disse que a polícia foi chamada a intervir, tendo a sua acção resultado na detenção de mais de dez elementos.
Manuel Faustino disse que não é possível garantir que o cenário de não se repita, mas estão a ser feitos apelos nos meios de comunicação social para iniciarem as actividades normais até sexta-feira, dia em que se espera uma resposta às reivindicações.
"Luanda é grande, em algumas artérias podemos até dizer que sim, mas no seu todo não podemos garantir. Vamos apelar através das rádios e televisão para levarmos a informação de que amanhã podem começar num período de até sexta-feira. Se até sexta-feira nada sair as coisas voltam à ribalta", frisou Manuel Faustino.