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Injecção semanal de divisas sobe 58 por cento e garante importação de alimentos

A injecção de divisas nos bancos comerciais angolanos aumentou 58 por cento na última semana, para 435 milhões de dólares, sobretudo para garantir necessidades de importação de alimentos e outras operações prioritárias, informou o Banco Nacional de Angola (BNA).

Deskontão:

A informação consta do relatório semanal sobre a evolução dos mercados monetário e cambial do BNA, ao qual a Lusa teve hoje acesso, relativamente à venda de divisas entre 26 e 30 de Outubro, realizada a uma taxa interbancária média de 135,981 kwanzas, praticamente inalterada face à semana anterior.

Neste período, o BNA vendeu 435,7 milhões de dólares de divisas, valor que compara com os 274,9 milhões de dólares injectados na semana anterior, um aumento superior a 58 por cento, limitado às necessidades mais urgentes do sistema bancário e que obrigam a autorização do banco central. "Este volume de divisas destinou-se fundamentalmente à cobertura de operações de natureza prioritária", sublinha o BNA, na mesma informação.

Do total de divisas vendidas à banca, 82,9 milhões de dólares destinaram-se, segundo o BNA, a cobrir as "necessidades gerais dos bancos comerciais". Acrescem 216,6 milhões de dólares para a cobertura de operações de aquisição ao exterior de bens alimentares, matérias-primas, cartas de crédito "e outras operações de caracter prioritário".

Foram ainda assegurados 22,5 milhões de dólares para "operações de viagens e remessas de dinheiro ao exterior do país", 100 milhões de dólares para cobertura de reposição cambial e distribuídos pelo BNA cinco milhões de dólares por casas de câmbio, em leilões de preço.

Actualmente, e tal como nos últimos meses, mantêm-se as dificuldades no acesso à moeda estrangeira nos bancos, com o mercado paralelo, de rua, a apresentar taxas de câmbio a rondar os 200 kwanzas por cada dólar - em queda face a semanas anteriores -, para compra de moeda estrangeira.

A falta de divisas, em função da procura, continua a dificultar, por exemplo, as necessidades dos cidadãos que precisam de fazer transferências para o pagamento de serviços médicos ou de educação no exterior do país ou que viajam para o estrangeiro.

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