Em comunicado enviado à Lusa, o MNE sublinhou que “este acompanhamento tem sido feito de forma mais próxima através da embaixada de Portugal em Luanda, a nível bilateral e em coordenação com a delegação da União Europeia na capital angolana e com as demais embaixadas dos Estados-membros da UE”.
O ‘rapper’ e activista Luaty Beirão, em greve de fome há 25 dias, é um dos 15 jovens angolanos detidos em Luanda em Junho e que se encontram em prisão preventiva depois de formalmente acusados pelo ministério público, a 16 de Setembro, de “actos preparatórios para uma rebelião e um atentado contra o Presidente angolano”, um crime que admite liberdade condicional até serem julgados.
A polémica em torno da situação de Luaty Beirão, cujo estado de saúde se deteriora a cada dia que passa, prende-se com o facto de este ter também nacionalidade portuguesa, o que levantou questões sobre o que estariam as autoridades portuguesas a fazer por ele, às quais o Ministério dos Negócios Estrangeiros afirma ter respondido em “declarações e informações já prestadas a vários órgãos de comunicação social”.
Na nota hoje enviada à Lusa, o MNE reforça que, “mesmo antes de esta situação ter assumido contornos mediáticos, já as autoridades portuguesas – designadamente o ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros – estavam em contacto com as autoridades angolanas e com familiares dos detidos, a pedido destes”.
E mais exemplifica que “ainda ontem (quarta-feira), os embaixadores da União Europeia em Luanda puderam manifestar preocupação pela condição de Luaty Beirão ao ministro da Justiça de Angola, numa reunião especialmente dedicada a este assunto e na qual participou o embaixador de Portugal”.